Análise: Tinykin

Tinykin é um jogo plataformas que já por aqui passou quando foi lançada a primeira demo. É um jogo bastante criativo que nos pede para pensar de formas criativas sobre objetos do dia a dia. O jogo está recheado de NPCs que nos fazem companhia e guiam o caminho, mas são apenas estes objetos do dia à dia que nos podem ajudar a fugir da casa em que a nossa personagem está trancada.

O jogador controla Milodane, um astronauta explorador que chega à Terra e fica fechada numa casa cheia de objetos. Em vez de humanos a casa está cheia de vários insectos, que pedem ajuda a Milodane e em troca de lhe dão recompensas. Aquilo que para Milodane é a chave para reparar a sua nave, para nós, são apenas normais objetos terrestres do dia à dia.

O nome Tinykin vai de uma espécie de criaturas que Milodane vai usar para o ajudar a encontrar os objetos que precisa para reparar a nave. Existem elementos de jogos como Pikmin aqui. Os Tinykin são pequenos e simpáticos e parecem querer realmente ajudar. Podemos encontrar estas criaturas em ovos coloridos ou trancados em caixas, o que dá ao jogo uma vertente de coleccionismo que Pikmin por exemplo não tem. Existem cinco tipos destas criaturas, todas de cores diferentes e alguns comportamentos que são únicos. Estes comportamentos é aquilo que podemos tirar partido para avançar no jogo. Temos de encontrar vários Tinykin em cada área já que cada um faz algo diferente. Os verdes podem criar escadas por exemplo, mas para criar ligações elétricas precisamos dos azuis.

Ao contrário de Pikmin, aqui os nossos adoráveis amigos apenas nos ajudam a resolver puzzles, não existindo combate. Sempre que encontramos um novo tipo de Tinykin, podemos ver uma pequena cutscene que nos explica o que ele faz. É uma forma rápida de explicar as novas mecânicas e funciona melhor do que um texto.

Visualmente o jogo é interessante. Mistura cenários em 3D com o nosso protagonista em 2D e o resultado é bonito, mas também traz consigo problemas, principalmente na noção de profundidade. Não é fácil perceber onde Milodane vai cair quando saltamos por exemplo. Com o tempo acabamos por dominar a jogabilidade, já que com a excepção deste problema inicial, a jogabilidade é muito a boa. Ao fim de uma hora dominamos completamente a jogabilidade, incluindo os saltos que nos causam problemas no início.

O jogo não é muito longo, contando com uma campanha de mais ou menos seis horas. Não é também um jogo muito desafiante, já que a principal dificuldade que encontramos é não conseguir encontrar um tipo de Tinykin, algo que resolvemos com mais um pouco de exploração. Existem objetivos secundários e itens para encontrar que ocupam mais algumas horas, mas se não forem tentados a terminar tudo o que jogo tem para oferecer, podem contar com umas sete horas de jogo, entre história e algumas missões secundárias.

Tinykin consegue evocar muito daquilo que gostamos de Pikmin, mas altera a fórmula o suficiente para ser a sua própria coisa. É um jogo diferente, com poucos positivos e negativos em ser diferente. Há muito para gostar aqui, mas com cerca de sete horas de duração, não há muito jogo, por isso vejam a melhor altura para comprar. A compra em si é mais do justificada.

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