Against The Storm é um novo city builder com temática de fantasia. Aqui os jogadores estão encarregues de pequenas aldeias e com o tempo vai explorar mais do mundo único recheado de mistério. Pelo mundo podemos ver ruínas de uma antiga grande civilização, que podemos explorar entre as tempestades que assolam o mundo e dão nome ao jogo. O jogo usa as ações normais do género, com jogador a ter que explorar, cuidar dos habitantes das aldeias e trocar com outros povos.
O loop da jobilidade é portanto muito simples. Começamos com um pequeno grupo de habitantes e temos de fazer a população e a aldeia crescer. Temos que construir edifícios que podem recolher e refinar os recursos que precisamos, assim como casas e outros edifícios que a população precisa para a sua sobrevivência. Existem várias raças no jogo, raças essas que fogem bastante do normal, portanto esqueçam os elfos, orcs ou anões. Cada tipo de raça tem requisitos de felicidade diferentes, assim como pontos fortes e perks únicos.
Parte da dificuldade de Against The Storm é perceber como agradar a população e isso requer saber que tipo de comida cada raça gosta por exemplo. Isto não quer dizer que a grande maioria das necessidades entre raças não sejam muito semelhantes, por isso convém não exagerar na divisão de produção. As missões usam um sistema de reputação que funciona também como cronómetro. Basicamente depois de atingir um nível de reputação a missão acaba e podemos voltar ao mapa da campanha para comprar melhorias e partir para o objetivo seguinte. Se por outro lado demorarem demasiado tempo a aldeia é abandonada.
O tempo que referi anteriormente corresponde à impaciência da rainha. Podemos reduzir esta impaciência cumprindo ordens, que além disso também nos dão reputação e outros bonus. Também podemos ganhar reputação através da simples exploração. Existem três tipos de clareiras que podemos explorar. As mais pequenas não oferecem grandes perigos, mas também não têm grande coisa para oferecer. As clareiras maiores envolvem mais trabalho e são mais perigosas, mas a recompensa vale bem mais a pena.
A variedade de edifícios que podemos construir em Against The Storm é talvez maior do que na maioria de jogos do género, mas apenas podemos usar uma pequena parte de cada vez. À medida que vamos cumprindo ordens, podemos escolher esquemas. Também se recebermos amber suficiente podemos comprar os mesmos esquemas, ou até os podemos encontrar durante a exploração. Sempre que começamos uma nova aldeia vamos começar essencialmente do zero. Podemos comprar alguns upgrades permanentes da citadela, que podemos aceder no mapa mundo, o mesmo onde escolhemos o local para o próximo aldeamento.
O jogo tem muito para o jogador ter em conta. Além de tudo o que falei antes ainda existem as cornerstones, que são essenciais para especializar um aldeamento. Podem ser usadas para garantir mais comida ou um tipo específico de produto. Depois de cada tempestade e no início de construção de um novo aldeamento podemos escolher uma nova cornerstone e isso terá um impacto grande no desenrolar da construção.
Visualmente, Against The Storm é bastante interessante, com um pano de fundo bastante próprio. O som é também muito bom, especialmente o som ambiente. Em termos de apresentação não há nada de errado a assinalar, mas na jogabilidade podemos encontrar algumas falhas. O jogo torna-se ligeiramente repetitivo ao fim de algum tempo por exemplo e fica um pouco a ideia que não estamos a progredir quase nada já que o novo conteúdo que vamos tendo acesso é limitado. Não deixa de ser uma boa proposta dentro do género, mas é um jogo que mostra ter mais potencial do que qualidade geral neste momento. E “neste momento” é talvez a chave, já que o jogo se encontra ainda em Acesso Antecipado, havendo muito tempo para melhorar as pequenas falhas.