Antevisão: Sigil of the Magi

Sigil of the Magi é uma revisão fantástica, mas simples, de um jogo de construção de deck roguelike. Atualmente em Early Access, o jogo é baseado em sprites, com combate tático por turnos. A colocação da personagem é crucial, ou pelo menos tão crucial quanto o baralho que usamos. O resultado de tudo isto é até ao que podemos ver uma experiência roguelike muito boa, com um estilo gráfico encantador e que promete bastante. Como muitos outros jogos do género, tem uma história pesada. O jogador controla um grupo de aventureiros e tem de montar um deck e usá-lo como seu arsenal. O jogador tem algum controlo para personalizar o seu estilo de jogo, podendo escolher até três personagens, uma das duas facções ou uma mistura de ambas.

Este grupo que podemos criar pode consistir num mago, um ladino, um caçador de recompensas, um cavaleiro entre outros. Cada um tem o seu próprio baralho de cartas e o sucesso depende quase exclusivamente da qualidade do deck. Cada classes vai ter os seus pontos fortes e fracos, com cada uma a ser perfeita para uma situação em particular e um desafio quando colocada fora da sua zona de conforto. Sigil of the Magi é uma mistura intrigante de Slay the Spire com jogos como Into the Breach. Os campos de batalha isométricos oferecem batalhas tensas nas quais o controle é disputado. A qualquer momento, a maré pode virar a favor de qualquer um dos intervenientes e essas batalhas acontecem em níveis minimalistas.

O grande fator que diferencia Sigil of the Magi da concorrência é que os jogadores podem guardar as suas cartas para as usar mais tarde. Isto custa mana mas rapidamente percebemos que às vezes a melhor jogada não é a mais óbvia e mais vale fazer um movimento mais modesto, jogando apenas uma carta e salvando outras. O jogo consegue realmente puxar pela nossa criatividade. Ao contrário de muitos jogos do género onde parece que existe apenas uma forma de jogar as cartas, aqui o jogo fez-me realmente lembrar dos bons tempos de Magic The Gathering, onde conseguíamos arranjar formas muito criativas de usar o mesmo deck para diferentes situações. Um bom deck é apenas meio caminho, já que temos que perceber a situação e adaptar a nossa estratégia.

O jogo capta a sensação estratégica de forma soberba. Entre os níveis temos o mapa padrão onde, se decidirmos seguir um caminho, somos forçado a enfrentar algumas batalhas mais difíceis antes de finalmente chegar a uma loja. Pontos de eventos aleatórios no mapa servem para nos deixar respirar um pouco e são onde os jogadores podem ganhar algumas moedas e recolher algumas cartas. Sigil of the Magi é um jogo bastante difícil e por vezes perdemos muito tempo a procurar a carta que pode fazer a diferença. A experiência é complementada por visuais baseados em pixels. As sprites das personagens não são muito boas e a música de batalha complementa tudo de forma perfeita.

Se estão à procura de uma nova experiência de jogos de cartas roguelike, Sigil of the Magi pode ser exatamente o que procuram, especialmente se estiverem dispostos a acompanhar o desenvolvimento de um jogo em acesso antecipado.

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