Análise: King of the Castle

King of the Castle é um jogo de estratégia para vários jogadores onde um jogador assume o papel de monarca e os outros jogadores são nobres que procuram encontrar formas de garantir o seu fracasso. O objetivo do monarca é escolher uma ambição e alcançá-la, mas os seus próprios súbditos são um obstáculo para o sucesso. Os jogadores nobres são divididos aleatoriamente em três regiões e devem conspirar para vencer antes das outras facções. O monarca ganha se alcançar a sua ambição, mas na maioria das vezes ele perde.

O jogo funciona como todos os jogos do género, fazendo sentido de uma série de números. A partir de uma tabela de números que representam a estabilidade, tesouro e autoridade do reino para o monarca, e para cada região nobre, existe uma série de contadores para monitorizar comércio, agricultura, militarismo, fé e desafio. Para vencer, é necessário equilibrar as estatísticas de cada uma destas vertentes e assim tentar atingir o objetivo. Por exemplo, se jogarem como um dos condes góticos, o objetivo é possuir o monarca com um demónio, ninguém disse que o jogo era realista ou baseado na realidade. Para isso, é preciso diminuir a desobediência na região para que o monarca baixe a guarda e depois deste diminuir a própria fé podemos finalmente deambular no reino da demonologia. O primeiro a ter sucesso em completar o esquema vence.

Existiram já muitos jogos onde o objetivo é a conquista, mas não me recordo de nenhum que faça as coisas exatamente da mesma forma de King of the Castle. A série Crusader Kings tem muito de traição à mistura, mas não é de todo um jogo semelhante. Em King Of The Castle, os nobres precisam trabalhar no conselho do monarca, votando a favor ou contra outros jogadores para alcançar os seus objetivos. Esses votos envolvem dilemas semelhantes aos vistos no jogo Crusader Kings, mas com uma abordagem mais leve. Muitas vezes, o conselho é chamado a intervir em disputas entre os jogadores, mas cada membro tem como objetivo principal avançar suas próprias agendas em vez de encontrar a melhor solução para o problema. Esses dilemas tornam o jogo divertido e muitas vezes levam a histórias imprevisíveis e expansivas.

A narrativa de King Of The Castle é inteligente e a dinâmica única de cada jogo significa que os jogadores provavelmente sairão com uma riqueza de histórias para contar. As ramificações e as apostas elevadas desses dilemas mantêm o jogador envolvido a longo prazo, mas é o humor da escrita que mantém King Of The Castle consistentemente divertido. Cada linha da escrita é fantástica e King Of The Castle tem uma incrível capacidade de jogabilidade graças às inúmeras direções que cada dilema pode seguir em cada partida. King Of The Castle pode ficar muito emocionante durante as partidas, com os nobres a discutir e debater as opções de voto. O monarca tenta agitar coisas mostrando como cada jogador está a tentar ganhar vantagem relativamente a outro. Isto dá espaço a situações caóticas e hilariantes quando se joga com grupos maiores.

King Of The Castle é um party game fácil de entrar, mas que revela sua verdadeira profundidade com o tempo. A jogabilidade é pura genialidade, com nobres a discutir opções e o monarca a provocar cada jogador. É um jogo fácil de começar a jogar, mas difícil de vencer e onde podemos gastar horas e horas.

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