Análise: Kirby’s Return to Dream Land Deluxe

Depois de analisarmos o relançamento de Digimon World: Next Order, voltamos ao tema dos relançamentos. Desta vez temos de recuar ainda mais no tempo, doze anos para ser mais preciso, já que Kirby’s Return to Dream Land Deluxe é a nova versão de Kirby’s Return to Dream Land, um jogo do universo Kirby lançado para a Wii e que se tornou um dos favoritos dos fãs. Este regresso do novo é essencialmente uma cara nova para jogo, apesar da Nintendo Switch não ser a consola mais potente do mercado, é bem capaz de nos dar visuais muito superiores aquilo que a Wii conseguia.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe não se fica por dar uma nova cara ao jogo. Fora estão os visuais brutos da Wii, sendo substituídos por gráficos mais detalhados e definidos, mas a jogabilidade também foi trabalhada para que o jogo se possa adaptar da melhor forma ao diferente hardware da Nintendo Switch. Mas a Nintendo quer realmente fazer juz ao nome Deluxe, adicionando ainda dois novos e excelentes modos de jogo. Obviamente ainda há sinais da idade real do jogo, mas há muito para gostar aqui.

O jogo coloca Kirby e companhia a tentar salvar um viajante intergalático. Magalor e a sua nave Lor Starcutter desenharam-se no planeta Popstar depois de entrar num wormhole e cabe ao jogador e companhia, já que podem jogar em co-op, ajudar Magalor através dos níveis do jogo a encontrar as cinco peças da sua nave que faltam. A jogabilidade em si é a mais tradicional possível de um jogo Kirby. Existem oito mundos bastante variados e que encontram sempre formas interessantes de fazer uso da jobilidade de Kirby. A jogabilidade consegue equilibrar acessibilidade para novos jogadores e profundidade suficiente para antigos fãs.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe não é um jogo muito longo, mas as sete horas que demoramos a terminar o conteúdo principal do jogo são perfeitas. Talvez a jogabilidade conseguisse aguentar um pouco mais, mas existem outros modos de jogo agora que podem dar resposta a isso. Kirby’s Return to Dream Land Deluxe é pensado para co-op e sempre que tiverem oportunidade devem jogar dessa forma, já que dá outra dimensão ao jogo. A jogabilidade apenas melhora à medida que vamos jogando, com habilidades especiais a serem introduzidas. A série tem evoluído bastante e a experiência mais retro de Kirby’s Return to Dream Land Deluxe acaba por ser uma lufada de ar fresco, aguentando-se particularmente bem ao passar dos anos.

No que toca a modos extra começamos com Merry Magoland, um parque temático que recolhe onze minijogos que são uma mistura de novos, com minijogos de outros jogos Kirby. As novidades são apenas três e nenhuma delas é particularmente interessante, pelo menos de forma isolada, já que vistas em conjunto são sem dúvida uma adição importante. Outro modo novo, que não é bem um modo, mas sim uma pequena continuação da campanha é o Magalor Epilogue. Podemos jogar este epílogo assim que terminamos a campanha, o que acrescenta mais algumas missões e um boss. Acaba por ser mais uma hora e meia de jogo e mais uma nova adição a um pacote que por si era já de luxo. Existem ainda outras pequenas adições, com novas habilidades e melhorias no modo extra, mas essencialmente já abordamos todas as novidades.

Kirby’s Return to Dream Land Deluxe é um excelente lançamento para a Nintendo Switch, trazendo para a atualidade um dos melhores jogos da série, com visuais melhorados e uma excelente performance. A jogabilidade continua fantástica, aguentando bem o teste do tempo.

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