Análise: Escape From the Red Planet

Escape From the Red Planet é um novo jogo da FrostyPop dentro do género tower defense mas combinado com um jogo de tiro na primeira pessoa. O jogador encarna o papel de um cientista preso num planeta alienígena, enfrentando ondas de inimigos que vêm de todas as direções. Temos de recolher poder para construir torres e barricadas para retardar o avanço dos inimigos. A dificuldade aumenta gradualmente à medida que o jogador é apresentado a novos inimigos e armas para construir. O jogo envolve sobretudo equilibrar a colocação de torres e disparar em alienígenas para criar uma espécie de puzzle. Existem algumas peculiaridades na jogabilidade, como a necessidade de clicar em cada ação. Embora isso possa parecer simples no início, rapidamente se torna tedioso, especialmente quando temos de clicar na torre várias vezes para obter mais energia para construir. Apesar disso, Escape From the Red Planet é um jogo divertido e desafiador que vale a pena experimentar.

Tal como referi acima, o jogo mistura elementos de tower defense com elementos de shooter na primeira pessoa. Apesar de parecer uma combinação interessante, ele não proporciona o prazer de ambas as mecânicas. A jogabilidade tática não oferece ao jogador muita escolha ou controle sobre o sistema de defesa de torre, já que cada nível redefine o campo de batalha do zero, sem nenhum sistema de melhorias para melhorar as torres. Além disso, o jogo não oferece a sensação de progresso, pois novas armas são oferecidas apenas para lidar com novos inimigos, e não há sistemas de upgrades para nenhum aspecto do jogo. Isto tudo acaba por fazer com que o jogador não sinta que está a melhorar, o que tira a satisfação de jogar tanto um jogo de defesa de torre quanto um FPS.

Esta mistura de jogabilidades já foi tentada antes e com bons resultados. Lembro-me por exemplo de Sanctum e da sua sequela. Escape From the Red Planet apresenta inconsistências nos seus níveis, oferecendo poder desigual e dificuldade que prejudicam uma estratégia coerente. Embora permita a escolha entre a construção de torres e o combate direto, a componente FPS pode ser insuportável devido à falta de controlo sobre a movimentação da visão e a imprecisão do cursor. Atirar num alvo específico pode ser difícil, resultando em muitos tiros desperdiçados e falta de munição. O jogo também não possui um sistema de melhorias como referi acima. Isto limita a escolha do jogador e não proporciona uma sensação de progresso.

Escape From the Red Planet apresenta uma combinação intrigante de mecânicas de tower defense e FPS, mas infelizmente, não consegue ser realmente bom em nenhum das duas. Embora a dança estratégica entre construir torres e derrubar inimigos seja potencialmente interessante, o jogador tem muito controlo retirado das suas mãos. A falta de sistemas de upgrade para melhorar a velocidade das torres e a ausência de escolhas significativas sobre como abordar cada nível reduzem ainda mais a sensação de progressão do jogador. Os níveis nem sempre começam iguais, o que pode tornar difícil criar uma estratégia coerente. As inconsistências de cada nível podem levar o jogador a perder o foco, tornando o jogo mais um jogo de estratégia em tempo real.

A arte do jogo é agradável e utiliza um esquema de cores suave que destaca os elementos importantes. No entanto, muitos dos mesmos recursos são usados repetidamente, o que faz com que cada nível pareça exatamente como o próximo e o anterior. Além disso, as diferenças entre cada alienígena não é facilmente perceptível no radar, o que pode dificultar a estratégia. O áudio do jogo encaixa-se bem na experiência de jogo, mas a música é a mesma em loop e não muda dinamicamente com as ações do jogador ou a situação em que estamos no jogo. Embora Escape From the Red Planet tenha uma jogabilidade complicada que envolve um desafio interessante, a falta de escolhas significativas e a progressão do jogo fora do controlo do jogador podem diminuir a diversão.

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