Análise: Horizon Forbidden West: Burning Shores

Horizon Forbidden West: Burning Shores não pode ser acusado de ser mais do mesmo, porque é exatamente isso que deveria ser. Este é um excelente DLC que expande num jogo que não fica a dever nada à perfeição. Se gostaram do jogo base, este DLC oferece-vos mais daquilo que gostaram, como uma saborosa sobremesa de um excelente prato principal. O jogo oferece um novo desafio num sandox perigoso e uma história cativante para Aloy, oferecendo um bom desfecho que também proporciona algumas vislumbres tentadoras do futuro. Diferente do DLC Frozen Wilds de Zero Dawn, que era uma história paralela, mas dispensável, Burning Shores oferece um avanço relevante o suficiente na história que o tornam mais próximo de uma experiência obrigatória.

O jogo acontece logo imediatamente após a conclusão do jogo principal. A história é mais curta que o jogo base e levam Aloy a viajar para os restos vulcânicos e fraturados de Los Angeles para confrontar o vilão mais distorcido da série até o momento. A aventura toma algumas reviravoltas emocionantes e oferece algumas pistas sobre o que pode ser o terceiro jogo. A conclusão de Burning Shores estabelece uma boa base para como Aloy e os seus amigos podem enfrentar no próximo jogo e qual pode ser a próxima ameaça. Quem gostou da facção Quen do jogo base irá gostar particulamente do DLC já que é com quem passamos mais tempo. Seyka, a nova companheira de Aloy é um dos principais destaques de Burning Shores. Essa guerreira habilidosa serve como o catalisador da história de Burning Shores e permanece ao lado de Aloy durante toda a expansão. Seyka é essencialmente uma versão mais carismática da própria Aloy, firme e até teimosa, mas gentil e amorosa com aqueles que precisam.

Embora o florescimento da ligação entre as duas pareça um pouco apressado para se encaixar na duração mais curta do DLC, as duas caçadoras têm interações divertidas e ficamos à espera de ver mais sobre Seyka no futuro, pois ela rapidamente se destaca entre os melhores personagens da série. As ilhas que compõem a antiga Tinseltown são surpreendentemente deslumbrantes também. Os rios de lava vulcânica oferecem uma ótima mudança de visuais. É uma pena que esses perigos derretidos não influenciem mais diretamente a jogabilidade, mas Los Angeles possui uma ênfase divertida na verticalidade, aproveitando melhor suas montarias voadoras. Os arranha-céus possuem entradas escondidas e segredos espalhados pelos seus vários andares. Isto permite que o jogador tire mais proveito do seu Sunwing ou Waterwing, uma nova variação aquática.

Versões aéreas dos puzzles de cenários em realidade virtual incentivam ainda mais a exploração aérea também. Apesar de ser o meio de transporte principal de Burning Shores, a velocidade mais lenta do barco e o seu acesso limitado aos cais não conseguem superar a emoção e a conveniência de voar para qualquer lugar à vontade. O punhado de novas máquinas que ocupam Burning Shores, não são tão impressionantes quanto algumas das máquinas existentes, mas oferecem novos desafios agradáveis nas suas habilidades de combate. Além de desmontar esses inimigos em busca de novas peças para melhorias, vamos ocupar muito tempo à procura de Brimstone, um novo recurso na forma de cristais brilhantes usados como material de criação principal para as novas armas e armaduras lendárias de Burning Shores. Este Brimstone é relativamente abundante, permitindo aos jogadores adquirir rapidamente um novo arsenal e armaduras, no entanto, fora de uma nova arma poderosa no meio da expansão, Burning Shores não apresenta recursos que afetam dramaticamente o combate.

A presença constante de Seyka adiciona uma ajuda bem-vinda durante as lutas. Ela é bastante útil, desmontando os inimigos por conta própria ou amarrando-os para que possamos atacar mais folgadamente. Os puzzles ganham assim um toque cooperativo interessante também, com Aloy e Seyka trabalhando juntas para construir caminhos de escalada usando uma arma de cerco. Estas sequências do jogo quase fazem com que o jogo pareça estar a ser jogador em modo cooperativo. Burning Shores é um epílogo divertido para a segunda aventura de Aloy. É mais do mesmo que encontrámos em Forbidden West com algumas adições interessantes, mas para um DLC não vejo nada de errado nisso.

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