Análise: Minabo: A walk through life

Minabo: A walk through life é um jogo bastante encantador, mas não consegue compensar a sua jogabilidade monótona e repetitiva, repleta de problemas de ritmo. O jogo é um simulador social que possui um conceito adorável. Os jogadores criam os seus próprios nabos conscientes desde o momento em que brotam da terra até o momento em que partem deste mundo e influenciam as suas vidas em todas as etapas até esse ponto. Dependendo das escolhas feitas, é possível optar por cultivar nabos solitários, sem tempo para a comunidade vegetal, nabos sedutores ou plantas orientadas para a família. Cada nabo possui três necessidades básicas, intimidade, contato físico e as suas relações com os restantes nabos. Cada uma delas pode ser satisfeita ao realizar uma das três ações simples com outros nabos.

Quase sempre existe a possibilidade de fracassar nas ações e, por consequência, reduzir as barras de necessidade de ambos os nabos, o que se torna um problema, uma vez que, caso as suas necessidades não sejam atendidas, a sua expectativa de vida diminui. Visto que apenas podemos controlar o nosso próprio nabo, é basicamente o nosso dever agradar aos restantes nabos e manter todos vivos pelo maior tempo possível. Existem 25 níveis distintos de missões para desfrutar, sendo que cada um apresenta uma série de objetivos de vida a serem alcançados. Esses objetivos geralmente envolvem fazer um determinado número de amigos, ter um certo número de filhos ou relacionamentos, embora alguns sejam um pouco mais desafiadores e exijam que o seu nabo morra em uma idade específica.

Diferentes missões introduzem novas mecânicas, como adotar rabanetes de estimação ou, em uma vertente um pouco mais sombria, encontrar poções de morte instantânea que o obrigam a escolher entre um nabo ou animal de estimação para partir imediatamente. Apesar de reconhecer que um jogo como este dever ser aproveitado num ritmo tranquilo, o ritmo de Minabo é dolorosamente lento e a variedade de eventos que podem ocorrer durante a vida de cada nabo é muito limitada. Uma vida completa e longa pode levar cerca de meia hora para ser concluída e, mesmo quando alcançamos todos os objetivos de vida para completar uma missão, o nível continua até que a pobre raiz venha a falecer. Também não há maneira de acelerar esse processo e isso deixa-nos com a ideia de que estamos a perder tempo. Para tornar a situação ainda pior, é necessário completar cinco missões antes de desbloquear o modo principal livre e onde somos livres para permitir que o nosso nabo viva a vida que desejar.

É muito difícil encontrar motivação para continuar a avançar no jogo. Embora existam momentos na vida do nabo que permitem moldar a sua personalidade, isso não tem um impacto significativo na jogabilidade. Apesar do encantador estilo de arte e a música que o acompanha, este não é um jogo que considero relaxante, mas sim um pouco aborrecido. Enquanto outros jogos de simulação social, como The Sims, oferecem aos jogadores controle total aqui sentimo-nos essencialmente como espetadores.

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster