Análise: Molly Medusa: Queen of Spit

Molly Medusa: Queen of Spit chega até nós através do estúdio Neckbolt, conhecido por ter lançado Yono and the Celestial Elephants no passado, agora apresenta seu novo jogo de aventura em terceira pessoa, Molly Medusa: Queen of Spit. A história acompanha Molly, uma aprendiz de escultor de Pigmalião, um escultor amargo e mal-humorado que não ensina a ela os truques do ofício. Ele envia Molly para comprar um novo cinzel do funileiro viajante, que se transforma em Circe, a deusa da floresta.

Molly é amaldiçoada e se transforma em Medusa com cabelos de cobra vermelhos. A maldição transforma-a numa ameaça para tudo o que vive, pois qualquer coisa a que ela se aproxime transforma-se em pedra. A partir desse ponto, a busca de Molly começa em sua jornada até o covil do minotauro e pelos salões assombrados por corujas de Minervaas, lutando contra bosses desagradáveis que ela transforma em pedra. Ao longo da história, Molly luta contra a solidão e alienação que a transforma a realidade e o mundo de cabeça para baixo.

A maldição lançada sobre Molly também lhe dá a ela a habilidade de andar em paredes e tetos, tornando a jogabilidade ainda mais dinâmica e desafiadora. O jogo apresenta semelhanças com The Legend of Zelda, especialmente The Legend of Zelda: Wind Waker, desde as masmorras até os puzzles e estilo das áreas que Molly visita. No entanto, existem novos elementos adicionados à jogabilidade à medida que o jogador explora os templos, o que torna a experiência mais única e empolgante.

Além disso, o jogo apresenta um vasto deserto que pode ser navegado no veleiro de Molly. Embora o deserto seja estéril e vazio, exceto pelos templos, o veleiro é fácil de manusear e proporciona uma experiência divertida para o jogador. Nos templos, o jogador terá que resolver puzzles para progredir, como empurrar blocos para almofadas de pressão para abrir portas, ou movendo espelhos para que a luz incida em um olho e permita a abertura da porta. O jogador também encontrará peças de coração e chaves em baús, e há a possibilidade de encontrar um gancho e bombas. O jogo também apresenta o personagem Sr. Rockface, que pode mostrar o mapa de cada templo e onde estão localizados os baús do tesouro.

Molly Medusa: Queen of Spit é um jogo que apresenta referências à série Zelda e tem como principal mecânica a habilidade de Molly de desafiar a gravidade, permitindo que ela ande em paredes e no teto. Essa habilidade é frequentemente usada para resolver puzzles nos templos do jogo, o que pode ser divertido e desafiador. No entanto, a câmara do jogo pode ser desconcertante quando Molly se move para a parede ou teto. A visão do jogador sobre o mundo do jogo pode ficar errada, e a movimentação de Molly pode causar enjoos de movimento em alguns jogadores. Além disso, a câmara pode ficar presa nos arredores por um ou dois segundos antes de se endireitar.

O jogo não tem um tutorial ou muitas dicas para ajudar o jogador a entender a mecânica do jogo. É preciso encontrar o caminho para o primeiro templo por conta própria, o que pode ser frustrante para jogadores novos ou casuais. O mapa do mundo superior não mostra muita informação útil além da localização de Molly. Infelizmente, o jogo tem alguns bugs e a banda sonora do jogo é principalmente heavy metal e rock, um estilo que adoro, mas além de admitir que pode não agradar a todos os jogadores, não consigo ver como se encaixa aqui. Não há nada que ligue este estilo musical ao resto do jogo.

Apesar de gostar da exploração dos templos e dos puzzles, o jogador pode ter sentimentos confusos em relação ao truque da gravidade. Por outro lado, é possível ver a semelhança com a série Zelda, o que pode ser uma homenagem aos criadores do jogo. No entanto, o mundo do jogo pode parecer vazio e sem personalidade além dos templos. Molly Medusa: Queen of Spit apresenta mecânicas interessantes, mas pode não agradar a todos os jogadores devido à câmara desconcertante e à falta de tutorial e ajuda.

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