Antevisão: Eternights

Eternights é sobretudo um jogo estranho. Numa análise geral, a primeira hora de Eternights segue a linha de muitos outros jogos. Após um surto atingir uma cidade, o jogador dirige-se para um bunker subterrâneo e fica a contar entre os poucos sobreviventes. Depois disso, o jogador atacado por uma criatura monstruosa, mas ganhas poderes e depois explora furtivamente o pequeno labirinto do bunker, lutando para vencer. Aí, juntamente com uma outra personagem e uma mulher que está à procura da sua melhor amiga, perdida no caos e enquanto os monstros persistem, claramente possuindo outros cidadãos, temos de explorar cada corredor.

A jogabilidade de Eternights oferece alguma variedade, com uma árvore de habilidades prometendo mais opções e a capacidade de levar companheiros para o combate. Esses companheiros crescerão em complexidade ou número à medida que o jogo avança, mas não é algo que esteja já presente no jogo neste momento.

Eternights também é um jogo de simulação de encontros, mas nesta fase pouco está disponível nesse aspeto do jogo. Durante as cutscenes, a forma como respondemos às perguntas molda a nossa personalidade. É um sistema mais envolvente do que o encontramos em alguns jogos do género. Aqui podemos ser ousados, o que desbloqueará respostas mais confiantes mais tarde, empáticos, o que nos permite conectar-nos mais profundamente com outros personagens e inteligentes, o que nos concede um poço mais vasto de conhecimento para explorar em conversas futuras. O jogo aborda conteúdos sexuais, nada contra e Eternights sente-se confortável em discutir sexo de maneiras que tornam a história única, mas não senti que fosse algo que tornasse o jogo melhor.

Existiram alguns momentos de humor no jogo. Quando corremos para o bunker subterrâneo, o nosso colega de quarto arruma as coisas às pressas e esquece as escovas de dentes, mas lembra-se das revistas pornográficas por exemplo. Existem alguns momentos deste género e têm alguma piada, mas não posso dizer que seja o jogo mais divertido que joguei até hoje. O problema é que conseguimos perceber que os elementos de simulação de encontros estão a entrar num território onde as personagens femininas existem para serem observadas e apalpadas, cortando a química romântica em favor de recompensas físicas.

É difícil ter uma ideia clara de Eternights, pois a jogabilidade não parece ser algo especial. É um jogo semelhante a muitos outros do género e daquilo que podemos perceber nesta fase, é um jogo que podia recomendar apenas a jogadores completamente fãs do género. O combate em si parece ser bem melhor do que a vertente “dating sim”, mas não podemos ver nesta fase qual é o peso que cada uma terá. Dependendo desse equilibrio a minha opinião pode mudar radicalmente.

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