Análise: Boti: Byteland Overclocked

Boti: Byteland Overclocked é um jogo que mistura a estética de Astro’s Playroom com um pouco de jogo de ação e plataformas mais clássico. Enquanto que o jogo da Sony se focava essencialmente em mostrar as potencialidades do novo comando da Sony e um sentimento de nostalgia pelas consolas da empresa, Boti: Byteland Overclocked é um “jogo a sério”, focado numa experiência completa. Em Boti: Byteland Overclocked, a premissa é simples, o jogador é um adorável robô que habita o interior de um computador. Isto faz inevitavelmente lembrar Astro’s Playroom, mas o jogo oferece uma experiência mais longa, proporcionando-nos mais trocadilhos relacionados com o mundo digital e níveis mais extensos para explorar.

A mecânica de plataformas é acessível e não requer um grande esforço intelectual para resolver os seus enigmas. Os momentos mais desafiadores surgem nas secções de deslize e de moagem, onde a precisão dos controlos se torna crucial. Um dos pontos negativos de Boti: Byteland Overclocked são os seus companheiros robóticos, One e Zero. O áudio das vozes do jogo é completamente irritante. Conseguimos tolerar a voz irritante de One, mas o que torna a situação insustentável são as repetições constantes de algumas linhas de diálogo, que ocorrem a cada minuto ou dois. As outras personagens apresentam interpretações aceitáveis, embora sejam encontradas com menos frequência.

Um outro aspeto dececionante de Boti: Byteland Overclocked é a presença de problemas técnicos e bugs. Existe um bug que impediu a progressão no jogo, logo nas primeiras duas horas de jogo. Isso é frustrante, mas felizmente, os criadores disponibilizaram uma lista de bugs conhecidos antes do lançamento e já lançaram várias atualizações durante a primeira semana do jogo. Estes tipos de problemas acabam por prejudicar a minha opinião de um jogo, mas o jogo não sofre de problemas graves que não possam ser corrigidos com um patch. Normalmente esses problemas ao níveis das mecânicas básicas do jogo são o que realmente torna um jogo numa experiência a evitar. Neste caso todos os problemas parecem ser temporários.

A fórmula do género é relativamente simples de executar e embora Boti: Byteland Overclocked tenha uma base sólida no que toca às mecânicas de plataformas e aos ambientes, a sua apresentação e polimento aquém das expetativas tornam difícil recomendar o jogo antes de algumas atualizações. Se são ávidos fãs de jogos de plataformas 3D e estão dispostos a enfrentar alguns problemas técnicos, Boti: Byteland Overclocked oferece ainda uma experiência de jogo divertida e uma oportunidade de explorar um mundo digital repleto de desafios.

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