Análise: Kill it With Fire VR

Kill It With Fire deu o salto para a realidade virtual, prometendo uma experiência mais imersiva na caça às aranhas. Desenvolvido por Casey Donnelan Games e publicado pela tinyBuild, o jogo é a adaptação do jogo original para VR e analisamos aqui a versão PlayStation VR2. A premissa do jogo permanece inalterada, o jogador entra em diferentes locais com o objetivo de erradicar aranhas de todas as formas e tamanhos. O título original apresentava controlos desajeitados, mas a mudança para a RV é promissora para resolver esse problema. Embora tenha havido melhorias na sensação geral de controlo, não foi tão revolucionário quanto inicialmente esperado. A imersão na realidade virtual eliminou a sensação desajeitada, mas não conseguiu levar o jogo tão longe quanto se poderia imaginar.

Ao longo do jogo, os jogadores enfrentam o desafio de caçar oito espécies diferentes de aranhas, cada uma com suas próprias características únicas. Desde aranhas comuns até saltadoras e aquelas que geram descendentes após a morte, a variedade é notável. A gama de armas disponíveis, incluindo desde armas de fogo até objetos mais inusitados como queijo, proporciona uma experiência diversificada e, em teoria, divertida. No entanto, a necessidade de encontrar as armas ao explorar diferentes localizações adiciona um elemento estratégico ao jogo. Um ponto notável de crítica recai sobre a sensação de peso dos objetos. Ao pegar e lançar itens, desde livros até televisores de 50 polegadas, a falta de realismo na sensação de peso prejudica a imersão. Este é um elemento crucial que contribui para um certo afastamento do jogador do mundo virtual proposto, algo que é importante em VR.

A progressão no jogo é baseada na eliminação de um número fixo de aranhas para desbloquear a saída e aceder novas áreas. Além do objetivo principal, são fornecidos objetivos secundários, como quebrar vasos ou organizar ferramentas. Embora essas tarefas adicionais adicionem alguma profundidade ao jogo, a sensação de desconexão com o restante da experiência é evidente, especialmente em relação ao modo Arachno-Gauntlet, que o jogador desbloqueia após a conclusão dos objetivos adicionais.

O grande trunfo do jogo é a destruição e o caos que o jogador pode causar nos ambientes para eliminar as aranhas. A capacidade de apanhar e lançar uma variedade de objetos, combinada com explosivos e até mesmo um lança-rockets, proporciona momentos de pura loucura. Destruir bombas de gasolina para matar aranhas nunca deixa de ser divertido. A simplicidade no design sonoro não passa despercebida, mas cumpre o seu propósito ao manter os jogadores em alerta. Mesmo para aqueles que não têm medo de aranhas na vida real, o som das suas movimentações em Kill It With Fire VR pode provocar reações involuntárias. O aumento da intensidade musical à medida que mais aranhas aparecem contribui para a tensão, criando momentos de pânico genuíno.

No entanto, a jornada em Kill It With Fire VR é curta. Com a capacidade de completar todas as localizações e objetivos adicionais em cerca de três a quatro horas, a longevidade do jogo é limitada. A repetição do ciclo de jogo leva à inevitável monotonia, resultando em sessões de jogo cada vez mais curtas à medida que a novidade se desvanece. A transição de Kill It Fire para a RV proporcionou melhorias nos controlos, mas não conseguiu sustentar o entusiasmo por muito tempo. A destruição desenfreada e o caos que o jogo oferece destacam-se como pontos altos, mas não são suficientes para compensar as limitações.

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