Análise: Krimson

Krimson pode parecer o jogo ideal para fãs de música pesada, especialmente os que tenham gosto por visuais psicadélicos. Krimson apresenta-se como um jogo onde controlamos uma massa indefinida de carne, com o objetivo de encontrar um fogo-fátuo, Will-o’-the-wisp, e levá-lo ao pentagrama invertido mais próximo para abrir um portal para o próximo nível. Esta premissa é comum em jogos de plataforma de precisão. O problema de Krimson começa com o seu design visual. Os gráficos são confusos, cheios de efeitos estroboscópicos que podem ser extremamente irritantes, especialmente para pessoas sensíveis a luzes fortes. Mesmo sem ter sensibilidade específica, podem sentir os vossos olhos a serem constantemente atacados por estes efeitos, como se estivessem numa rave. Além disso, a câmara do jogo faz zoom in e out constantemente, tornando difícil ter uma visão clara do que está à frente.

Os controlos são simples, podemos correr, saltar para paredes e fazer duplo salto. No entanto, a sensibilidade dos controlos é excessiva, tornando-os difíceis de controlar. Quando combinamos isso com os problemas da câmara, Krimson torna-se um verdadeiro teste de paciência. Os níveis baseados em ritmo, onde plataformas e obstáculos aparecem e desaparecem ao som da música, oferecem alguns momentos de alívio. No entanto, estes momentos são raros e não conseguem salvar o jogo das suas falhas mais graves. A banda sonora de Krimson foi um dos aspetos que mais me atraiu nos trailers de pré-lançamento. A promessa de uma banda sonora pesada, composta por temas de metal, era apelativa. Contudo, a realidade foi bastante diferente. Os níveis iniciais não têm música metal, em vez disso, somos confrontados com dubstep irritante e abrasivo.

Num jogo de plataforma baseado em ritmo, a música é crucial. Se a música não é boa ou envolvente, toda a experiência desmorona-se como um castelo de cartas mal montado. Krimson falha neste aspeto fundamental, tornando a experiência ainda mais frustrante. Desde os seus controlos excessivamente sensíveis até às suas escolhas de design questionáveis, Krimson consegue tornar-se irritante e nem a sua banda sonora metal, que deveria ter sido um ponto positivo, consegue fazer com que esta experiência se destaque de forma positiva. Mesmo para aqueles que gostam de jogos desafiantes e abrasivos, existem melhores opções disponíveis.

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