Análise: Gigantic: Rampage Edition

Gigantic: Rampage Edition é o regresso de uma MOBA que não conseguiu o sucesso desejado no seu lançamento. Desde o início, Gigantic destacou-se dos outros jogos do género. Em vez de ser um e-sport suado e competitivo, Gigantic oferecia uma experiência mais próxima de um lobby de arena shooter desenfreado. Gigantic sempre foi um MOBA único. Em vez de focar-se em táticas complexas, o jogo favorece combates constantes por recursos. Não há pistas, torres, creeps ou pontos de captura, nem sequer recolha de ouro. A ação começa assim que a partida se inicia, com os jogadores a serem lançados no mapa a partir de uma aeronave e a procurarem imediatamente combates em equipa.

O objetivo é carregar um dos dois kaiju em guerra, matando jogadores inimigos e coletando poder dos nós espalhados pelo mapa. A primeira equipa a alcançar 100 de poder ganha um grande aumento de velocidade, permitindo-lhes atacar o Guardião inimigo e causar dano até que tudo seja reiniciado. A vitória é alcançada ao destruir três barras de saúde do Guardião inimigo. Comparado com jogos como League of Legends ou DOTA 2, onde uma partida de 45 minutos pode passar sem uma única morte de jogadores inimigos, Gigantic elimina esse tempo morto, focando-se completamente no combate. A ação é incessante e o jogo parece menos um e-sport competitivo e mais um shooter de arena frenético. Esta abordagem era refrescante na altura do lançamento original e continua a ser agora, especialmente quando comparada com jogos táticos como The Finals, Valorant e Apex Legends.

O novo modo principal, Rush, leva esta filosofia ao extremo. Este modo, disponível inicialmente até o jogador completar algumas partidas, descarta várias mecânicas do Gigantic origina para acelerar o ritmo do jogo. Embora excitante, o caos é tal que quase toda a coerência se perde, mas ninguém pode negar que é um jogo rápido. Embora Rush perca alguma profundidade do modo original, a popularidade de modos mais rápidos como ARAM e Turbo em League of Legends e DOTA 2 demonstra que há um grande público para experiências mais concisas no género MOBA. Esta abordagem ágil é um dos pontos fortes de Gigantic, tornando-o relevante em 2024, num mercado saturado de shooters táticos complexos.

Gigantic: Rampage Edition apresenta tutoriais renovados, novos mapas e dois novos heróis, o ilusionista Kajir e Roland, um caçador de recompensas endurecido. Para os fãs antigos, ver conceitos de personagens como Kajir ganharem vida é como entrar num universo alternativo onde a festa nunca acabou. Uma das decisões mais refrescantes deste renascimento é a escolha de evitar completamente microtransações, optando por um preço único com todos os heróis e skins desbloqueados através do jogo. Num mercado dominado por passes de batalha, compras rotativas por tempo limitado e pacotes caros de skins, esta abordagem é uma lufada de ar fresco.

Revisitar Gigantic: Rampage Edition foi uma experiência nostálgica e emocionante, apesar dos desafios técnicos iniciais. Gigantic: Rampage Edition é uma prova de que, com paixão e dedicação, é possível dar uma segunda vida a um jogo que muitos pensavam estar perdido para sempre. Com a sua jogabilidade única e abordagem refrescante ao modelo de negócios, Gigantic tem o potencial de se destacar num mercado competitivo e saturado.

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