Introdução
Mira and the Legend of the Djinns é um novo título Metroidvania 2D que promete trazer uma mistura de exploração e combate fluido, num cenário cheio de mistério e fantasia. Este jogo é inspirado nos clássicos do género, trazendo uma abordagem moderna ao estilo side-scrolling que tantos jogadores adoram. Desenvolvido por uma equipa que claramente compreende o apelo dos jogos de ação e aventura, Mira and the Legend of the Djinns coloca-nos no papel de Yuba, um caçador de tesouros e explorador que se junta a Mira, um misterioso Djinn que perdeu as suas memórias, numa jornada épica por um mundo devastado. Fallen Amazgesh, o reino em que a aventura decorre, está repleto de ruínas e segredos enterrados, o que cria um ambiente perfeito para uma experiência Metroidvania. A união entre Yuba e Mira, através de um Laço espiritual, serve como ponto central para o desenvolvimento da história e da jogabilidade, oferecendo aos jogadores uma mecânica única para resolver problemas e enfrentar desafios. Neste momento apenas existe uma demo que já apresenta uma série de elementos interessantes, mas falta muito para podermos avaliar o resultado final
Jogabilidade
A jogabilidade de Mira and the Legend of the Djinns segue as fundações clássicas do género Metroidvania, com uma forte ênfase na exploração de mapas interconectados e na descoberta de novas habilidades e itens para desbloquear áreas anteriormente inacessíveis. Os jogadores irão percorrer vastos cenários, encontrar inimigos poderosos e resolver puzzles ambientais, tudo enquanto melhoram o seu arsenal e ganham novas capacidades. A progressão no jogo é gratificante, com cada nova habilidade a abrir oportunidades tanto para o combate como para a exploração. O sistema de combate é um dos aspetos mais fortes do jogo. Yuba pode empunhar quatro armas diferentes, cada uma associada a um dos Elementos Primordiais: Solar, Celestial, Infernal e Lunar. Cada arma tem o seu próprio estilo de combate e os jogadores podem alternar entre elas em tempo real, permitindo uma grande liberdade de experimentação durante as batalhas. Além disso, as armas podem ser melhoradas várias vezes, desbloqueando combos poderosos que oferecem ainda mais profundidade ao combate. A fluidez com que o jogador pode mudar de armas e usar os elementos ao seu favor é um dos pontos altos do sistema, encorajando uma abordagem estratégica às lutas, ao invés de uma simples repetição de ataques.
Além das armas, há uma Árvore de Habilidades extensa, que permite aos jogadores desbloquear movimentos e habilidades especiais ao derrotar inimigos e progredir na história. Isto adiciona uma camada adicional de personalização, permitindo que cada jogador crie o seu próprio estilo de jogo. Não faltam opções para quem quer derrotar inimigos com estilo, e o jogo incentiva a exploração dessas possibilidades ao longo da campanha.
Mundo e história
Fallen Amazgesh, o mundo de Mira and the Legend of the Djinns, é um lugar desolado, marcado por um cataclismo que destruiu grande parte da civilização. Yuba, o protagonista, conhece apenas este mundo de destruição, mas Mira, um Djinn que sobreviveu a esse cataclismo, tem ligações a uma época mais antiga. Ao longo da aventura, os jogadores irão desenterrar segredos sobre o passado de Mira e a verdade sobre o que causou a destruição de Amazgesh, explorando um mundo repleto de ruínas, criaturas mutantes e espíritos corrompidos. A história é um dos pontos centrais da experiência, com Yuba e Mira a formarem um vínculo que vai muito além de uma simples parceria. A dinâmica entre os dois personagens é interessante, especialmente à medida que Mira começa a recuperar as suas memórias e a revelar mais sobre o seu passado. A narrativa é entregue de forma gradual, incentivando os jogadores a explorar cada canto do mapa à procura de pistas e fragmentos de lore, que ajudam a construir o pano de fundo deste mundo destruído.
O mundo em si está dividido em várias áreas temáticas, cada uma com os seus próprios perigos e mistérios. Existem necrópoles antigas, florestas sombrias, e fortalezas esquecidas que aguardam ser exploradas, cada uma com o seu próprio conjunto de inimigos e desafios. A diversidade de ambientes é um dos elementos que mantém a exploração envolvente, e a presença de segredos bem escondidos e caminhos alternativos garante que os jogadores irão querer revisitar áreas à medida que adquirem novas habilidades.
Grafismo
No que diz respeito ao grafismo, Mira and the Legend of the Djinns apresenta um estilo artístico 2D detalhado, com uma paleta de cores que varia entre o sombrio e o vibrante, dependendo da área que está a ser explorada. Os cenários são desenhados com grande cuidado, criando uma sensação de imersão num mundo que já foi grandioso, mas que agora está em ruínas. Há um grande contraste entre as áreas de beleza natural e os locais destruídos, o que ajuda a reforçar o tema central de um mundo desolado. Os designs das personagens também são bem executados, com Yuba e Mira a destacarem-se graças aos seus visuais únicos. Yuba tem a aparência de um explorador endurecido, enquanto Mira, com a sua aura etérea e traços exóticos, transmite perfeitamente a ideia de um ser mágico que não pertence completamente ao mundo dos mortais. Os inimigos, por sua vez, variam desde criaturas pequenas e insignificantes a monstros gigantescos e aterradores, todos desenhados com um estilo que complementa o ambiente.
As animações são suaves e fluídas, especialmente durante o combate, onde a transição entre ataques, movimentos e trocas de armas é feita de forma impecável. Isto é crucial num jogo que depende tanto da agilidade e da precisão no combate, e Mira and the Legend of the Djinns acerta em cheio nesse aspeto.
Som
A banda sonora de Mira and the Legend of the Djinns complementa perfeitamente o ambiente de exploração e mistério. Com temas suaves e atmosféricos que se intensificam durante as batalhas, a música ajuda a criar a tensão e a imersão necessárias para manter os jogadores envolvidos no mundo de Fallen Amazgesh. Há uma clara atenção ao detalhe na forma como a música muda de acordo com a situação, desde a tranquilidade nas áreas de exploração até aos ritmos frenéticos dos combates. Os efeitos sonoros são igualmente bem trabalhados, com cada golpe de arma, cada feitiço lançado e cada inimigo derrotado a produzir sons distintos que aumentam a sensação de impacto. A mistura de som é bem equilibrada, nunca sobrecarregando o jogador, mas oferecendo sempre o feedback auditivo necessário para manter o ritmo da ação. As vozes dos personagens, embora raramente usadas, ajudam a dar vida a momentos importantes da história, com especial destaque para a interação entre Yuba e Mira.
Conclusão
Mira and the Legend of the Djinns é um Metroidvania sólido, com todos os elementos que os fãs do género esperam encontrar. A jogabilidade fluida, o sistema de combate dinâmico e a vasta gama de habilidades e armas oferecem uma experiência diversificada e cativante. A exploração é incentivada de forma inteligente, com o jogo a recompensar constantemente os jogadores que se aventuram fora do caminho principal para descobrir segredos escondidos e itens valiosos. Apenas no futuro podemos ver como tudo isto resulta num jogo completo interessante, mas a demo apresenta já muitos elementos que podem dar origem a um bom jogo do género.