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Análise: Luigi’s Mansion: Dark Moon

Luigi não e normalmente protagonista dos jogos da Nintendo, sendo luigis mansion a excepção  Tanto no primeiro como nesta sequela para 3DS Luigi, o cobarde irmão de Mario assume-se como protagonista. Em comum tem a qualidade, enquanto que o primeiro apanhou todos de surpresa mas pecava por alguma falta de variedade e pouca longevidade que acaba por combinar com a falta de variedade, esta sequela pega no carisma de Luigi que tanto nos agradou, assim como na brilhante atmosfera e junta-lhe uma boa tonelada de conteúdo.

Tudo o que encontraram e gostaram no primeiro jogo está de volta incluindo o nosso cientista maluco. Se existe algo que sofreu um pouco com a transição foi a jogabilidade. A jogabilidade do primeiro era um dos melhores aspectos do jogo, infelizmente devido às limitações da 3DS, especialmente a falta de um segundo analógico pode dificultar um pouco a vida a alguns jogadores. Os jogadores terão que combinar algumas teclas assim como utilizar o acelerômetro e giroscópio o que prejudica o efeito 3D. Desta vez Luigi não ganhou nenhuma mansão num concurso que não participou. O professor E. Gadd, Anacleto Luado na versão portuguesa,  estava a trabalhar na sua pesquisa ao sobrenatural quando os seus amigáveis assistentes fantasmas ficaram violentos. A causa é a destruição da “lua negra”, Dark Moon, pelo Rei Boo, o vilão do primeiro jogo que está agora de volta para fazer a vida negra a Luigi.
Obviamente o professor não consegue reconstruir a lua, que tem o poder de pacificar os fantasmas sozinho e pede ajuda a Luigi. Através da sua mais recente invenção, o Pixelator o professor Analeto transporta Luigi pela sua televisão até a uma nova mansão onde começa a nossa aventura.

O vosso primeiro objectivo é recuperar o aspirador fantástico que nos permite recolher os fantasmas, o melhorado Poltergust 5000, Sugospectro 5000 na nossa versão. Além deste têm novos gadgets e alguns que retornam com a fiel lanterna. Tal como no jogo passado têm direito a uma antiga consola da Nintendo, desta vez uma DS (no primeiro jogo recebiam um GameBoy Color..humm… Horror). Dark Moon é dos jogos mais apelativos visualmente da 3DS. O efeito 3D é dos melhores (pena que o uso do movimento o possa estragar um pouco) que a consola recebeu e todos os cenários estão bastante bem construídos, recheados de detalhe e pequenas animações que dão vida ao mundo de fantasia dos jogos Mario e que é aqui um pouco mais assustador. Neste aspecto o jogo não sofre realmente nada em ser um jogo para 3DS e não deve ser subestimado por isso. Os modelos das personagens são suaves e animadas de forma soberba. É comum ver Luigi a cantar ou a encolher-se de medo.

A premissa pode ser simples mas todo o diálogo está bastante bem escrito. O diálogo entre Luigi e o professor Anacleto é comum e é uma das razões para o jogo ser tão divertido. Apesar de Mario ser a estrela da Nintendo a verdade é que Luigi nestes dois jogos provou ter bastante mais carisma e profundidade que o seu irmão, sendo capaz de muito mais emoções. É também um tipo de herói que não estamos propriamente habituados a ver e a encarnar num jogo o que o torna ainda mais especial. Cada uma das divisões presentes no jogo é original e tem uma atmosfera diferente. O jogo é sem duvida muito maior que o anterior, com muito mais localizações mas tal como o anterior está bastante divido em pequenas divisões o que torna tudo mais acessível, sendo difícil o jogador perder-se especialmente tendo em conta as informações que encontram no ecrã táctil e que ajudam bastante. Enquanto que no primeiro jogo havia apenas a mansão e os seus vários andares, agora existem outros locais para explorar o que melhora bastante a experiência de jogo. Dark Moon tem um foco muito maior nos puzzles que o anterior, que recorria bastante a duas ou três mecânicas diferentes, tornando a tarefa mais fácil ao longo do tempo. O combate é um pouco mais desafiante também com alguns fantasmas a recorrerem a armas e defesas, como por exemplos óculos de sol que fazem com que não os possam atordoar com a lanterna. Os bosses são as melhores áreas do jogo. É preciso pensar varias vezes “fora da caixa” para encontrar a sua fraqueza.

Quem jogou o primeiro vai encontrar bastantes semelhanças mas há bastantes coisas novas e ainda bem. A exploração é fundamental em Dark Moon, talvez mais ainda que no primeiro jogo e Luigi pode contar com outra ferramenta, o Dark-Light device que permite encontrar objectos escondidos, o que mostra uma maior ênfase na exploração. Apesar de ser possível passar todas as zonas a correr, tentar encontrar apenas a chave para a zona seguinte, todos os cenários estão recheados de tesouros que requerem uma maior atenção. Ao contrário do primeiro jogo o equipamento de Luigi pode ser melhorado. Para isso têm que cumprir algumas metas monetárias que sempre que são atingidas desbloqueiam alguns upgrades. Portanto é bastante importante que o jogador recolha todas as moedas, notas e barras de ouro possíveis. No primeiro jogo não existia grande incentivo a recolher tudo, pois não havia real utilidade para a nossa fortuna acumulada. Felizmente isso foi resolvido em Dark Moon. Surpresa é sem duvida a inclusão de um modo multijogador. Não tem nem metade da qualidade da campanha a solo mas é uma boa adição que nos dá alguma distracção sempre que não nos apetece por alguma razão jogar o modo história. Há três modos de jogo, Hunter, Polterpup e Rush, todos eles suportando quatro jogadores online ou local. Hunter é uma corrida contra o tempo em que têm que limpar uma zona de fantasmas que vai aumentando de dificuldade com o tempo, o que torna o trabalho de equipa vital. Polterpup é inspirado nos cenários da campanha a solo e têm que encontrar fantasmas escondidos dentro do mobiliário. Por fim Rush é um modo em que têm que encontrar um tesouro antes que o tempo acabe, sendo provavelmente o modo mais fraco dos três.

Dark Moon mostra sem duvida a qualidade que Luigi tem para ser protagonista e espero que a Nintendo pense a alargar o numero de jogos em que este é a personagem principal. Apesar de ser um jogo para a 3DS apresenta toda a qualidade necessária para ser um jogo da Wii U, poderia muito bem ter sido. Os modos multijogador foram uma agradável surpresa que não estava realmente à espera. Apesar das falhas na jogabilidade, o grafismo, a escrita e animação dos cenários e personagens são de altíssima qualidade e fazem de Luigi’s Mansion: Dark Moon um dos melhores jogos para a 3DS. Convém realçar a total localização para o nosso território, um trabalho que a Nintendo tem sempre feito questão de fazer e que ajuda a trazer o jogo até a um publico mais jovem que pode desta forma usufruir muito melhor do jogo.