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Análise Rogue Legacy

Rogue Legacy é um jogo de ação 2D, onde podemos saltar, partir e cortar objetos e até mesmo lutar contra esqueletos, magos e  quadros voadores  animados. Tem uma jogabilidade interessante e viciante a cada minuto de jogo e é um daqueles jogos que na hora de sair do jogo, passa-nos pela cabeça a velha frase de “só mais uma vez”, que é repetida vezes sem conta e acabamos por passar mais tempo agarrados ao jogo do que tínhamos previsto, percorrendo e enfrentando mais desafios.

De forma a tornar todos os percursos mais divertidos, deparamo-nos com cenários em constante mudança, onde estão colocados monstros, itens e outros perigos de forma aleatória. É um verdadeiro teste de habilidade. O castelo é gerado aleatoriamente a cada “partida” (como em Binding of Isaac), garantindo que a expectativa e o desconhecido seja um dos aspectos mais provocantes e divertidos da experiência. A próxima sala pode abrigar um baú cheio de ouro ou um inimigo absurdamente forte. Entrar ou não é a nossa escolha.

Durante o jogo, o objetivo principal é chegar ao final do castelo. Durante todo o percurso podemos partir alguns objetos, ganhando ouro, ou até mesmo quando matamos um inimigo. Além do ouro, podemos apanhar itens variados e alguns upgrades que possamos usar para a evolução da personagem. Quando a personagem com que jogamos morrer, não perdemos tudo o que apanharmos. A herança da personagem, passa diretamente para o herdeiro que a irá suceder, que poderá ter outras habilidades ou vantagens que o seu sucessor anterior, neste caso, o pai não tinha.

O facto de existir a possibilidade de fazer alguns upgrades na personagem e até na quantidade de dano ou até mesmo na vida que temos, não é sinónimo de tornar o jogo mais fácil, antes pelo contrário. Este sistema serve para auxiliar e dar mais opções de movimento e de combate ao longo do jogo, para que nos possamos defender de todos os perigos que vão surgindo até ao final do castelo. Por outro lado, todos estes aspetos, incentivam o jogador a jogar ainda melhor, de forma a não morrer com maior facilidade e a usar as habilidades que vão surgindo ao longo da hierarquia. Mesmo com a personagem toda equipada porbons upgrades , o jogo mostra-se bastante desafiante. Temos que manter sempre o cuidado desde do início ao final do jogo, basta um pequeno descuido, para perdermos a nossa vida. Definitivamente, os upgrades e os itens não substituem de todo a habilidade que temos de ter.

No início do jogo,  quando morremos, temos que passar o nosso “trono” ao futuro herdeiro, todo o nosso ouro fica a zero. Portanto, o melhor é gastar o ouro em novas armas e upgrades antes de entrarmos. Se morrermos sempre no início da entrada, vai tornar tudo amis dificil, pois não conseguimos apanhar ouro suficiente para evoluirmos.

Além do que foi descrito sobre o uso do ouro, ainda lhe podemos dar outra finalidade, como por exemplo, melhorar a mansão da família, adquirindo novas classes, aumentando a vida das personagens, aumentando o dano dado nos ataques, a quantidade de mana também pode aumentar, entre outros aspetos importantes que também podemos melhorar. No espaço exterior da mansão, podes usar itens que foram adquiridos para produzir novos itens e acoplar runes ás nossas armas de combate. Também do lado de fora da mansão, por 30% do nosso ouro sacrificado ao arquiteto, podemos por exemplo recuperar alguns baú deixado para trás, que não foi aberto pela falta de uma certa habilidade que na altura era inexistente.

 

 

Para quem gosta de Castlevania, vai perceber com facilidade que a jogabilidade se assemelha. A personagem e movimenta-se por salas repletas de desafios e inimigos, com armadilhas  pelas quais temos que passar de forma a prosseguir no jogo, evitando ao máximo levar dano. No entanto, é de notar que a mana e a vida não se regenera ao longo dos níveis, mas se apanharmos os itens raros esta situação pode alterar-se. O movimento, os saltos e o ataque são bastante precisos, não há que enganar ou duvidar se vamos ou não bater no inimigo errado ou se vamos cair e espetarmo-nos nos afiados paus de aço. Quando morremos percebesse, que realmente o erro foi meramente nosso.

As áreas adjacentes ao castelo, também estão repletas de desafios. A maior parte dos baús que encontramos, estão fechado, e para os destrancar é necessário cumprir algum desafio ( desde de matar todos os inimigos existente numa sala ou não levar qualquer dano num labirinto de espetos) e quando abertos podemos retirar deles armaduras e runes.


Além de outros aspetos interessantes, o que mais me entusiasmou no jogo, foi a variedade de escolhas dos herdeiros. Quando morremos e voltamos ao início do jogo, podemos escolher três personagens de entre várias classes, desde de paladinos, magos, bárbaros etc. Cada uma destas personagens tem uma habilidade característica e específica mas que podem ser contrapostas a pequenas deficiências das próprias personagens ou seja, algumas são gigantes, andam de pernas para o ar, invertendo todo o cenário e outras só conseguem ver preto e branco e podem ter em alguns casos falta visão. Nas primeiras horas de jogo, até achei estes aspetos uma boa mecânica e algo de diferente de forma a tirar de mim mais esforço para enfrentar os inimigos e chegar ao fim do castelo mas passado algum tempo de jogo e de centenas de herdeiros mortos, ansiava cada vez mais a opção de escolhermos qual o herdeiro que queríamos jogar e não ter que levar com um herdeiro com algumas deficiências que no fim de contas, inibem um pouco a nossa prestação ao longo do jogo. É um pouco triste, ter que me suicidar varias vezes de forma a conseguir ter uma personagem que consiga jogar sem ter tantos problemas.

Um jogo bastante honesto, nutritivo e que nos faz ficar interessados a cada sala de desafio que vai passando até conseguirmos chegar ao final do castelo. Vale a pena explorarmos cada canto deste castelo e desfrutar daquilo que ele nos vais exigindo.

8/10