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Análise Killzone Mercenary

Killzone foi uma das armas da Sony na actual geração de consolas e parece ser também para a nova PS4, com Shadow Fall a marcar o lançamento da consola. Com um grafismo de luxo e uma jogabilidade que veio trazer algo que novo ao género FPS, Killzone 2 continua a ser um dos melhores jogos no catálogo da PS3. Mercenary é a estreia da série na Vita e promete trazer valores de produção muito próximos aqueles dos jogos para a PS3.

Desta vez a portátil da Sony não recebeu um spinoff como aconteceu na PSP em que em vez de um FPS os jogadores receberam um óptimo jogo de estratégia. Utilizando uma versão modificada do motor de Killzone 3, Mercenary é o jogo com melhor aspecto a chegar à Vita e mostra as potencialidades dos dois analógicos da consola. Nunca um jogo de uma consola portátil esteve tão perto daquilo que estamos habituados ver na nossa televisão e a Sony continua a mostrar que o hardware da sua consola consegue em termos técnicos ser muito superior à concorrência, mesmo que o catálogo de jogos nem sempre o mostre.

Obviamente não podemos estar à espera de algo exactamente igual, com cenários com grande profundidade e amplos, mas isso foi resolvido com o bom design dos níveis que não deixa que a diferença de hardware se traduza em falta de qualidade. Mercenary pede também para ser jogado vezes sem conta com o jogo a deixar-nos aceitar contratos que nos colocam nos mesmos níveis mas com objectivos diferentes.

Depois do falhanço de dois grandes nomes conhecidos dos jogadores, Call of Duty e Resistance, Killzone Mercenary vem acalmar os jogadores e satisfazer as suas necessidades deste género. Obviamente toda esta qualidade tem um custo e se pretendem optar pela versão digital preparem-se para comprar um cartão maior se têm um de apenas 4gb pois apesar de ocupar “apenas” 3.5GB é obrigatório o uso de um cartão de no mínimo 8GB.

Além do grafismo de luxo, Mercenary tem tudo o resto que um FPS precisa. Boa IA, um fantástico design de níveis ideal para uma experiência portátil e modos multi-jogador que justificam continuar a jogar muito depois de completar a campanha. Tal como o nome indica, aqui não iremos controlar um soldado das forças ISA, mas sim a de um mercenário que tenta ganhar a vida a aceitar contratos tanto das forças ISA como Helghast.

A IA é também um aspecto impressionante do jogo, com os inimigos a tentarem flanquear o jogador mesmo nos níveis de dificuldade mais baixas e nas mais altas nunca sentimos que o jogo é injusto, apenas que o jogo está a ser mais inteligente que nós. Para que seja possível enfrentar estes inimigos, Mercenary conta com uma jogabilidade bastante refinada, muito próxima da de Killzone 2, que continua a ser na minha opinião a melhor da série.

Em termos de armas, Mercenary conta com arsenal de doze armas de vários tipos que responde a todas as nossas necessidade e que é complementado com uma grande variedade de granadas e minas. Além disso existe também a possibilidade de trocar a nossa armadura para mudar um pouco a nossa forma de jogar. Existem armaduras que nos dão mais mobilidade ou maior resistência, ou até que nos ajudam a ser furtivos.

Os modos multijogador aceitam até oito jogadores e existem actualmente seis mapas bastante variados e que contêm zonas diversificadas que impulsionam vários tipos de jogo. Um dos responsáveis pela qualidade da componente multijogador é o modo Warzone que nos vai dando objectivos para cumprir, o que dá grande variedade ao jogo. Warzone é um baseada em equipas que conta com cinco rondas de alternância de objetivos que vão desde incapacitar e interrogar inimigos, para garantir cápsulas VAN-Guarda, para matar o inimigo e recolher os seus cartões de Valor.

A equipe que conseguir mais pontos por terminar os objetivos ganha. O progresso alcançado nos modos single e multiplayer, incluindo dinheiro, rankings e equipamentos é compartilhado off-line e on-line, para que os jogadores que passam muito tempo a jogar a campanha tenham alguns extras disponíveis. No geral, não há nada nos modos online que seja realmente diferente, mas a execução é perfeita e aumentam muito a curta longevidade da campanha a solo.Infelizmente modos clássicos como captura da bandeira não se encontram disponíveis. Obviamente todos eles podem ser adicionados através de DLC, seja ele pago ou não, mas são modos que deveriam vir de origem.

A Guerrilla atreveu-se a fazer o que ninguém tinha feito até agora, oferecendo aos jogador uma experiência FPS tão próxima das consolas caseiras como aquilo que acredito ser possível. Os valores de produção são altíssimos que resulta numa apresentação acima da média, níveis ideais para uma consola portátil, uma jogabilidade ao nível da de Killzone 2. Mesmo com as poucas reclamações que tenho sobre o jogo, não há como negar que Killzone: Mercenary é o melhor título FPS portátil disponível e um dos melhores jogos da portátil da Sony.Se gostaram de Killzone 2 e 3, não há qualquer desculpa para não jogar Mercenary. Se por outro lado não ligam muito ao género, a minha opinião mantém-se. Esta é uma das melhores experiências de jogo na Vita e as falhas são quase inexistentes.

9.5/10