Divinity: Original Sin é a prequela da saga Divinity que começou com Divine Divinity, e apesar do horrível nome, conquistou bastantes jogadores, eu inclusive. Quando vi pela primeira vez Divinity: Original Sin fiquei um pouco receoso por causa de ter combate por turnos, mas o resultado final é realmente impressionante.
Apesar de esta ser uma prequela no que respeita à história, Larian Studios mudou bastante em Original Sin. Aqui encontramos um jogo com um forte ênfase na história, que começa a por os jogadores a investigar um homicídio, e as primeiras quests vão servir para tentar descobrir o autor deste crime.
Entre algumas lutas com orcs, e bastante diálogo, a maior parte com bastante humor, o jogo vai-nos empurrando para os vários distritos da grande cidade, onde iremos perder algumas horas só para descobrir este crime, o que é uma óptima maneira de conhecer o jogo e as suas mecânicas. Actualmente já apresenta muitas das mecânicas que vamos conhecer no produto final, que certamente será ainda melhor. Mas apesar de ainda estar em Early Access já tem uma qualidade superior do que muitos dos jogos lançados actualmente.
O sistema de luta é turn based, mas de maneira nenhuma que isto é um impedimento à diversão, pois Original Sin introduz algumas novidades bem interessantes. A primeira são os cenários totalmente interactivos, podemos destruir uma caixa de madeira, podemos mudá-la de lugar, ou podemos empilhá-la, e quem diz caixas de madeira diz qualquer outro elemento que este à nossa disposição, e podemos utilizar estes elementos em nossa vantagem durante os combates.
Apesar de ser por turnos nunca senti que o jogo era monótono e com jogos com The Banner Saga a voltarem a este sistema, acredito que estejamos no regresso a este sistema que já foi bastante popular e foi injustamente posto de lado.
Outro factor incrível é que podemos usar os nossos poderes no cenário e/ou criar condições de vantagem como congelar um rio para abrir novo caminho, ou fazer chover em cima dos inimigos para depois os fritar com electricidade. engenhoso no mínimo.
Para além do fantástico combate, no qual temos de controlar não um, mas dois personagens principais, podemos convidar um amigo e jogar todo o jogo em modo Co-op sendo que este controlará o segundo personagem o que abre um sem número de possibilidades de diversão. Se o single player for mais a vossa praia, a versão final contará com inúmeras horas de jogo e uma história fantástica para desvendar.
Original Sin está neste momento na fase Early Access do Steam e é um jogo que me deixa algo ansioso pelo lançamento final, pois promete bastante. Não sei até que ponto não preferia mais um jogo da série com um sistema mais tradicional, mas o sistema de combate por turnos foi uma agradável surpresa que trás alguma variedade à serie sem comprometer a qualidade da mesma. Pelo preço e conteúdo que já existe penso que já existam razões suficientes para comprar, mas se têm medo que na altura do lançamento final já estejam fartos do jogo, recomendo esperar um pouco mais e assim aproveitar Divinity: Original Sin em toda a sua gloria.