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Análise: Guns, Gore & Cannoli

Guns, Gore & Cannoli é um shooter sidescroll bastante clássico em termos de jogabilidade que nos lembra desde os clássicos do género como Metal Slug até a alguns dos jogos mais modernos como Shank. Aquilo que realmente separa Guns, Gore & Cannoli da concorrência é a temática, ou pelo menos metade desta. Apesar de os zombies enquanto inimigo estarem mais do que usados e parecer que já apareceram de todas as formas e feitios, aqui aparecem numa altura diferente, os anos 20 da lei seca nos EUA.

É este pequeno pormenor que lhe dá um encanto diferente. Além de zombies temos também mafiosos para compor o leque de inimigos. A história apesar disso é simples. A personagem que controlamos é um assassino contratado pela máfia para procurar os dos membros da família Belluccio em Thugtown, que infelizmente descobrimos que foi dominada por zombies assim que chegamos.

Graficamente os criadores optaram por um estilo cartoon que relembra por vezes Shank, sem nunca atingir a qualidade deste. Apesar de existir qualidade e esforço em Guns, Gore & Cannoli, nota-se facilmente que o orçamento não era grande. Isto nota-se principalmente nos menus, ecrã de carregamento e algumas animações. Isto torna o jogo algo inconsistente e essa inconsistência estende-se um pouco aos restantes aspetos do jogo.

Há alguma variedade interessante de inimigos e as animações são no geral boas, mas cada inimigo ataca sempre da mesma forma. Em termos técnicos encontrei principalmente dois problemas. Quando nos encontramos rodeados de inimigos no ácido pode tornar-se impossível sobreviver, com a personagem a ficar presa num ciclo infinito de sofrimento. Um dos bosses tem alguns problemas na detecção de colisões e é possível colocar a nossa personagem de forma a que não sofra danos e possa atacar, isto quando está mesmo em cima do inimigo.

Os níveis são bastante lineares e apesar de os inimigos serem limitados em termos de animações a sua variedade oferece um desafio interessante. Alguns inimigos carregam sobre nós lançando-nos pelo ar, outros têm o corpo protegido, outros a cabeça, e tudo isto faz com que o jogo seja mais do que simplesmente avançar pelos níveis aos tiros.

O armamento é bastante standard. Desde a pistola mais básica com munições infinitas até ao lança rockets com um carregamento lento. As várias armas estão equilibradas, havendo sempre uma desvantagem aliada às vantagens. A metralhadora tem carregadores longos, mas inflige pouco dano, a caçadeira inflige muito dano mas tem pouco alcance e por aí fora. A única arma que foge um pouco ao normal equipamento militar é uma arma de raios que tem como única desvantagem as poucas munições que vamos encontrando.

A longevidade é a ideal para um jogo deste género e o prazer de jogar tudo de novo é a única razão para recomeçar a história. É um jogo para menos de três horas, sendo esse mais um aspeto que tem em comum com Metal Slug, sendo o outro a jogabilidade. Apesar de algumas nuances modernas, tudo aqui parece mais retro do que moderno. Não podemos disparar para cima por exemplo e o mais importante para a nos defendermos é a nossa mobilidade. No entanto podemos trocar de arma à vontade em vez de estarmos restritos a uma mais a pistola básica como em Metal Slug.

Os controlos são bastante precisos o que faz com que as seções de plataformas não sejam frustrantes. Tudo o resto é um bom uso das ideias clássicas, andar, disparar, lançar granadas e repetir.