Tal como é normal em jogos episódicos esta análise irá refletir-se apenas sobre o quarto episódio. Para saberem mais sobre o jogo base podem seguir este link.
A primeira temporada do jogo da Telltale baseado nas obras de R.R. Martin teima a não estar ao nível dos anteriores jogos do estúdio. O episódio anterior foi o primeiro a realmente valer a pena. Apesar de ser normal os jogos da Telltale irem crescendo e melhorando no decorrer da temporada, este demorou um pouco mais que o normal.
Sons of Winter não traz consigo muitas surpresas, continuando obviamente onde o episódio anterior nos deixou. Agora com ajuda, Rodrick e os restantes elementos da Casa Forrester podem retaliar, ainda que cautelosamente pois os Whitehill ainda têm o seu irmão mais novo cativo. Asher tem que ajuda Daenerys a libertar Meereen para arranjar o seu exército, Mira tenta de alguma forma ajudar a sua família em Porto Real e Gared deserta a patrulha da noite para tentar encontrar o North Grove.
A estória avançou neste episódio mais do que em qualquer episódio anterior. Aprendemos algo novo sobre cada uma das personagens e tudo começa a completar-se. Os Forrester conseguem respirar um pouco desde o início e as pontas soltas começam a ser menos.
A Telltale faz neste episódio algo que ainda não tinha feito antes, ou pelo menos que ainda não tinha dado conta. Pela primeira vez podemos perder o jogo durante um diálogo. Até aqui podíamos ver um ecrã de game over, Valar Morghulis aqui, apenas durante os quicktime events. Estes eram realmente as únicas ocasiões em que as ações do jogadores não eram vistas como escolhas. Mas neste episódio há uma escolha do jogador que a Telltale diz ser errada e é castigada com um game over.
É algo que ainda não tenho a certeza se gosto ou não. Perder nos QTE eu entendo, pois é das poucas formas que o jogo nos desafia, mas os diálogos deveriam ser as escolhas dos jogadores e o jogo deveria ter forma de responder de outra forma a todas as escolhas do jogador.
Em termos de momentos memoráveis, Sons of Winter tem uma boa quantidade, especialmente uma sequência durante um jantar, que quem jogar vai saber do que falo. Essa mesma sequência é aquela que nos deixa mais entusiasmados para o episódio seguinte.
Infelizmente em termos técnicos Game of Thrones da Telltale continua a ser uma experiência penosa. Metade do tempo é feio de se olhar, a framerate anda por todo o lado, as animações variam entre boas e horríveis. Felizmente este é também o episódio em que já estamos habituados a esses problemas e ignoramos.
O principal problema além do técnico é facto de nenhuma das personagens principais da série estar em risco. Sabemos que por muito que nos esforcemos nunca iremos enviar um punhal na garganta de Roose Bolton, ou ver Cercei assassinada. Mas o trabalho anterior da Telltale teve frutos e neste momento importamo-nos o suficiente pelas personagens que ela nos deu para não nos importar-mos com isso.