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Análise: Rack N Ruin

Rack N Ruin é um daqueles jogos que parece ter tudo no sítio, que nos convence com algumas imagens, mas aos poucos nos desilude até ao ponto de perdermos o interesse. No fundo é uma obra de nostalgia, que vai buscar inspiração ao melhor que se fez algures na história dos videojogos.

Controlamos Rack, um pequeno demónio tem muito pouco de herói e muito de vilão. No grande mundo do vilões Rack é uma espécie de Chihuahua que se acha maior do que é realmente. Durante o seu “trabalho” acaba por ser castigado pelo seu Overlord por basicamente destruir em vez de conquistar.

O funcionamento do jogo é simples. Temos que percorrer o mundo a resolver puzzles em zonas normalmente cheias de inimigos. É um jogo que eu chamaria de arcaico em funcionamento. Não tem o mesmo sentimento moderno que os seus contemporâneos, sendo o grafismo o mais moderno que apresenta, assim como algumas introduções de musica pesada pelo meio, que funciona brilhantemente para lhe dar um visual e ambiente bastante hard rock.

Visualmente Rack N Ruin é bastante bonito. É colorido e o design está muito bem conseguido no seu estilo cartoon. O funcionamento da camera assemelha-se a jogos como The Legend of Zelda, com zonas pequenas que podemos explorar mas muitas transições de ecrã. The Legend of Zelda é talvez a melhor comparação que se pode fazer realmente. Há muito mais semelhanças com esse tipo de aventura do que com um RPG.

No entanto muitos elementos do jogo não foram bem pensados ou executados. Rack por exemplo apesar de funcionar muito bem visualmente e como personagem, jogar com ele não é divertido. Rack é demasiado fraco relativamente aos seus inimigos. O Overlord retirou todos os poder a Rack, o que explica o facto de ele ser fraco no início, mas no decorrer do jogo, este continua lento e fraco. O combate baseia-se em rodear os inimigos e atacar dessa forma. O problema é o facto de os inimigos se tornarem mais fortes e poderosos no decorrer do jogo e nós não. Isto torna o jogo mais difícil do que deveria ser pelo simples facto de o combate ser apenas um dos aspetos do jogo.

Para ajudar um pouco o jogador há uma série de itens que podemos usar. Na realidade quando estamos recheados destes sentimos-nos realmente poderosos, mas isso devia acontecer na mesma sem itens. O melhor aspeto do jogo, além do grafismo, são os combates contra bosses. Estes além de gigantes, são um bom desafio e divertidos de derrotar.