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Análise: Nintendo Classic Mini: Nintendo Entertainment System

A nova consola da Nintendo, nova entre aspas, é um regresso ao passado de um forma que mais nenhuma marca o tinha feito antes. A Nintendo Classic Mini: Nintendo Entertainment System, ou NES Mini como a vou chamar a partir de agora, em termos gerais pouco mais é do que um emulador numa caixa, mas qualidade do emulador em si, juntamente à qualidade de construção da consola fazem desta consola algo de demasiado irresistível para quem viveu durante os anos de vida da NES original.

Há principalmente dois elementos qu separam esta NES Mini de todas as outras consolas retro. Primeiro é o emulador que apesar de manter o racio 4:3 nos jogos porque os jogos foram criados assim e não há nada a fazer, tem incorporado o modo de visualização pixel perfect que praticamente actualiza os visuais 8bit datados para algo ainda bastante aceitável em HD. Nem todos os jogos incluídos beneficiam realmente desta opção, pois alguns pertencem aos primórdios da consola e não têm muito para melhorar. Mas jogos como Kirby poderiam estar à venda na Steam que ninguém se iria queixar.

O outro elemento que separa esta de outras consolas retro é o comando. O comando da NES podia não ser a coisa mais confortável de se usar, mas traz consigo memórias e a replica que a Nintendo inclui na NES Mini é visualmente e em termos de tacto exactamente igual, uma replica igual até ao ultimo parafuso. A consola em si é também uma replica incrível, apesar de bastante mais pequena.

Mas a NES Mini não é perfeita, longe disso até. O primeiro problema a apontar é o cabo do comando demasiado curto. Trata-se de um cabo de pouco mais de dois palmos e a não ser que usem a consola como eu ao lado do computador vão ter que comprar uma extensão. Por outro lado eu percebo o tamanho do cabo. Como não existe outra forma de aceder ao menu sem ser o botão de reset da consola, vão querer te-la por perto. O normal e moderno botão home que agora todas as consolas têm funciona aqui no botão de reset. Este botão de reset não é apenas importante para escolher outro jogo, pois a opção de gravar também tem que ser acedida a partir daqui.

Outra pequena falha é a não inclusão de um carregador. Incluído vem o cabo USB que fornece corrente à consola e um cabo HDMI, mas para que a consola funcione vão ter que procurar um carregador de telemóvel ou ligar a consola à porta USB da televisão se existir.

 

Mas o mais importante em qualquer consola é o conteúdo e aqui esta análise pode tornar-se um pouco subjectiva. Qual é o valor real dos jogos incluídos sendo que alguns têm mais de 25 anos? A consola vem 30 jogos incluídos o que equivale a cerca de 2€ por jogo dado o preço da consola. A escolha é no geral boa, com Mario e Zelda com a serie principal na NES completa, juntamente com os primeiros dois Castlevania e um punhado de bons jogos. Achei estranho a não inclusão do primeiro Contra que é um dos maiores clássicos da consola, mas a sequela está incluída.

Obviamente com apenas 30 jogos nunca iriam agradar todos e acho que poderiam ter optado por uma de duas soluções. Ou incluir mais jogos, ou simplesmente oferecer os mesmos 30 e vender outros jogos do extenso catálogo online. Sem ter qualquer real impacto no custo de produção podíamos estar a falar de bem mais armazenamento.