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Análise: Life: Vida Inteligente

David Jordan (Jake Gyllenhaal) and Miranda North (Rebecca Ferguson) in Columbia Pictures' LIFE.

Num ano em que Alien volta às salas de cinema Life podia ser mais do que mais um filme de terror que utiliza a formula Alien. No entanto não posso deixar de achar que este é provavelmente o melhor o filme do género nos últimos tempos. No género Sci Fi filmes como Alien no género terror e Arrival noutro registo ficam na memória de quem os vê e Life segue bem as pegadas daqueles que vieram antes. Juntando elementos de filmes de primeiro contacto e terror, consegue sem revolucionar, ser um bom filme que oferece um pouco de tudo.

A premissa é interessante, com a humanidade a encontrar vestígios de vida microscopia em Marte, uma equipa de cientistas é encarregue de a estudar na estação espacial. Depois de conseguir ressuscitar a forma de vida que estava em hibernação, aquilo que começa por ser um grande avanço na exploração espacial torna-se em pesadelo.

Enquanto que a criatura dos filmes Alien é uma arma perfeita, a sua inteligência nunca mostrou ser o seu ponto mais forte. A criatura de Life por outro lado assusta pela sua inteligência. As cenas de terror causam algum desconforto e as mortes conseguem ter mais impacto do que qualquer morte que tenha visto num filme da saga SAW. A criatura deve a sua inteligência à capacidade de adaptação de todas as suas células, podendo estas adoptar qualquer função do organismo. No entanto dada a evolução rápida é um bocado estranho o conhecimento que esta parece ter de toda a estação espacial.

Para quem viu Alien não há grandes segredos em Life. A estrutura do filme é bastante semelhante e mesmo alguns elementos do filme relembram demasiado o filme que muito provavelmente lhe serviu de inspiração. Não fosse este um ano em que o lendário Ridley Scott volta ao leme de um filme Alien com Alien no nome  e Life poderia ter mais espaço para deixar a sua marca. No entanto com o reavivar da saga Alien, este acaba por ser um filme demasiado semelhante que podia ter sido algo mais.

/**SPOILERS**/

Um dos melhores aspectos do filme no entanto é a forma como este troca as voltas ao espectador. Quando se tem Ryan Reynolds e Jake Gyllenhaal no elenco, mesmo que se perca um deles no decorrer do filme, fica a restar uma estrela no elenco e a escolha não podia ser mais surpreendente. Mesmo sendo quase a cara do filme, a personagem de Ryan Reynolds morre ainda o filme não chegou sequer perto do meio sendo até o primeiro a morrer. Essa escolha é uma surpresa e e tem impacto no espectador, deixando um sentimento de insegurança ao nível de uma Guerra dos Tronos, com o espectador a pensar, “se este morre então vai morrer tudo”.

/**SPOILERS**/