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Análise: Nidhogg 2

Nidhogg é um pequeno jogo indie que com um conceito simples mas muito originalidade e uma jogabilidade precisa se tornou um dos jogos que mais joguei na altura. Apesar de não ter muito para oferecer além da jogabilidade era possível passar horas a jogar. Nidhogg 2 constrói em cima das bases lançadas pelo anterior. O primeiro aspecto a salientar é sem duvida a melhoria gráfica. Estamos a falar de um jogo que passou de grafismo a lembrar a Atari 2600 para algo muito mais elaborado que lembra Claymation. O objectivo do jogo mantém-se o mesmo. Existe um cenário e o objectivo de cada jogador é chegar ao lado oposto. Não interessa quantas vezes morrerem ou a forma como conseguem matar os adversários. O objectivo é chegar ao outro lado, o que acrescenta alguma estratégia ao jogo, com o jogador a ter que normalmente pensar se compensa forçar um confronto se consegue chegar ao outro lado. Perseguir o adversário também é raramente uma boa opção, sendo a opção mais eficaz quando se é ultrapassado simplesmente correr na direcção oposta e forçar o respawn.

O jogo original era divertido, muito divertido até, mas sequela é superior em tudo, incluindo esse factor. Os pilares principais da jogabilidade mantêm-se relativamente os mesmos, mas onde o primeiro oferecia apenas uma arma, uma espada estilo florete que podíamos usar para atacar o inimigo em três posições ou lançá-la, a sequela oferece alguma variedade extra. As posições de ataque e o lançamento da arma mantém-se, mas agora podemos também atacar corpo a corpo. Isto faz com que a perda da arma não seja propriamente o fim, não sendo raras as recuperações. Além disso e a principal diferença é a inclusão de três novas armas, fazendo assim um total de quatro. Além do florete temos agora um sabre, uma adaga e um arco.

 

Tanto o florete como espada mais pesada comportam-se relativamente da forma, com a excepção de a arma mais pesada nos tornar mais lentos e apenas permitir duas formas defensivas, sendo portanto permeável a ataques ao centro. No entanto ataca em meia lua e desarma qualquer outra arma usada para bloquear o ataque. A adaga é a arma que nos permite mais velocidade, permitindo maior liberdade de movimentos e quando lançada é muito difícil de bloquear. O arco é talvez a arma mais estranha em Nidhogg 2. Além de precisar de tempo de carregamento é completamente inútil quando o adversário está demasiado perto, mas como é expectável é muito eficaz se conseguimos manter a distância.

Apesar de Nidhogg continuar a não ter um modo que eu considere  sequer perto de um modo história, o modo a solo está melhor, com alguma apresentação dos vários cenários mais cuidada, no entanto não deixa de ser treino para o multijogador, multijogador esse que continua a não estar lotado ao ponto de se ter sempre alguém com quem jogar. Um pouco de maior criatividade podia tornar esta uma proposta bem mais interessante. Melhorar a IA por exemplo pelo menos tornaria este modo mais interessante. Da forma que está a IA raramente toma as melhores decisões, esperando pelo jogador em vez de correr na direcção oposta para chegar o mais rápido possível ao ecrã seguinte.