Análise: Hotel Transylvania 3: Umas Férias Monstruosas

Chegou aos cinemas o terceiro capítulo da saga Hotel Transylvania, a saga de animação que reúne os monstros mais conhecidos do cinema e que marcaram o cinema a preto e branco nos vários filmes que compõe o universo de monstros da Universal, a mesma Universal que tentou regressar os seus monstros à ribalta com um projecto apressado que começou com a A Múmia de Tom Cruise e está no limbo neste momento.

Para quem é fã das personagens e de filmes de animação os primeiros dois filmes tiveram a sua dose de humor e pessoalmente apesar de humor ser infantil e de Adam Sandler ter o papel principal não posso dizer que não gostei dos filmes, simplesmente porque gosto das personagens e a animação esteve sempre bem conseguida. Apesar de não ser fã de Adam Sandler tenho que reconhecer que ele tem uma prestação nesta saga e sendo um filme animado isso diz muito da carreira do actor.

Depois de Mavis se apaixonar no primeiro filme e ter um filho que não se sabia se era vampiro ou não no segundo, chegou a vez do Drácula se apaixonar, ou ter o seu “zing” como é chamado no filmes. O “zing” acaba por ser uma verdadeira autoestrada em termos narrativos porque elimina qualquer esforço necessário ao trabalho dos escritores em explicar e criar um romance que faça sentido. Este é aliás o filme com ritmo mais acelerado de todos os três mas não digo isso como um aspecto negativo porque quem fica a ganhar com isso é o humor que não deixa os adultos perderem tempo a pensar em todas as falhas do filme e por outro lado entretém os mais novos durante a mais de hora e meia do filme. Não me lembro sequer de ver um filme de animação de forma tão sossegada com as crianças a não fazerem birras e a ficarem coladas ao filme.

A história em si é realmente simples, o Drácula sente-se sozinho e apesar de Mavis não perceber exactamente o que se passa oferece a todos umas férias num cruzeiro de monstros. A forma como várias novas criaturas são introduzidas, assim como locais e no geral todo o universo do filme é expandido ajuda muito a criar um maior interesse no filme, mesmo que tudo seja superficial, sendo este o aspecto que mais gostei no filme. Assim que chegam ao navio Drácula tem o seu “zing” com a capitã do navio, Ericka, que é além de capitã do navio a neta do grande inimigo de Drácula, Van Helsing. A história pouco mais evolui do que esta premissa durante todo o segundo acto, apenas adicionando pormenores, locais e alguma transformação nos sentimentos de Ericka.

Apesar de ser um filme simples com um humor e história básicos tem alguns temas interessantes e que podem ajudar algumas crianças a lidar com por exemplo novas relações dos pais. No mundo actual onde talvez menos casais se separem por morte mas muitos se separam por divórcio esta pode ser uma mensagem bem importante e acaba por ficar bem retratada num filme que diverte muito mais do que eu esperava.

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