City of the Shroud não é um jogo que eu tenha gostado. Resumidamente é o que posso dizer. O jogo resume-se a caixas de texto, muitas caixas de texto, tantas que quase parece uma visual novel digital em que o jogador passa a maior parte do tempo a ler textos, em vez de em combates. Além disso tudo acontece num mapa plano em 2D em que basta clicar onde desejamos ir sem qualquer feedback visual.
Visualmente o jogo também pode parecer bem mas depois começa a reutilizar infinitamente a arte das personagens. É realmente complicado acompanhar uma história em que as personagens mudam mas parecem exatamente as mesmas. Não estamos a falar de um livro em que tudo se resume a texto, aqui existe uma componente visual que simplesmente não funciona porque a maioria das personagens tem a mesma representação gráfica. E a escrita não é melhor. Humor é bom, mas piadas terríveis que seguem o mesmo formato durante todo o jogo são aborrecidas e não adicionam nada ao jogo.
City of the Shroud é um jogo de estratégia em tempo real mas nem essa ideia básica executa da melhor forma, estando mais próximo de uma versão despida de carisma do combate dos Final Fantasy mais recentes. O combate de Final Fantasy nem sequer é o melhor examplo do género e este jogo apenas o torna ainda mais exigente, adicionando combos à mistura. O jogadotr move um personagem para o inimigo e repete os mesmos combos várias vezes até que o inimigo morra.
Falando de personagens que se usa em combate, não há conexão com a história com quem se usa em combate, quase como se fossem unidades descartáveis. Além disso não existe customização, sem árvores de habilidades ou vantagens para ganhar, sem cenários fora de combate para explorar, tudo se resume a combate e menus e depois texto. City of the Shroud queria ser algo diferente, outra coisa, mas falha em praticamente tudo o que tenta.
Sem me querer alongar mais num jogo que não oferece praticamente nada aos jogadores, se gostam do género há muitas e melhores alternativas.