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Análise: Imp Of The Sun

Nem todos os jogos podem causar aquele impacto à primeira vista que nos prende durante as primeiras horas. Alguns jogos recompensam o investimento que fazemos neles ao se revelarem muito bons ao fim de alguns minutos ou horas. Outros como Imp Of The Sun apesar de serem competentes em praticamente tudo o que fazem, nunca criam um verdadeiro impacto. Isto não quer dizer que Imp Of The Sun seja um mau jogo, muito pelo contrário, mas não há nada aqui que me tenha surpreendido, que seja memorável ou revolucionário.

Imp Of The Sun é como aquele restaurante que vamos e sabemos que não vamos comer mal, mas já comemos todos os pratos antes. Imp Of The Sun está cheio de boas escolhas, mas todas elas são escolhas seguras que não o elevam quando comparados a jogos como Ori ou Guacamelee!. Em Imp of the Sun jogamos como Nin. Nin é um Imp criado a partir do último poder restante do Sol. A Terra foi mergulhada num Eclipse Eterno e Nin foi enviado à Terra para restaurar o poder do Sol e tentar acabar com o eclipse. Isso implica derrotar os quatro Guardiões que roubaram o poder do Sol.

Pode parecer que estou a ser bastante duro com o jogo e percebo que se possa dizer isso, especialmente porque como disse antes, Imp Of The Sun é um bom jogo. O combate por exemplo, apesar de limitado na sua escala é também bastante bom. É completamente aceitável, mas não há nada que se destaque e que me faça pensar que nunca joguei nada assim. A realidade é que já joguei e muito do que já joguei era igualmente bom. A exploração é também agradável, com um bom design de nível que prioriza a ação e plataformas desafiantes. Imp Of The Sun enquadra-se dentro do género Metroidvania.

Pelo meio da aventura de Imp of the Sun encontramos quatro bosses principais e um boss final. Cada um dos quatro principais deve ser derrotado para enfrentar o último boss, com cada área concedendo um novo poder que pode ajudar na exploração e combate. O jogo permite-nos escolher o caminho a seguir, mas parece haver uma ordem correta já que a dificuldade de alguns combates varia conforme as habilidades que temos disponíveis. Imp of the Sun não é particularmente longo, levando apenas cerca de 4 horas para terminar mas depois de terminar o jogo desbloqueamos o modo Eclipse+. Este modo permite jogar tudo novamente, mas começando com todas as habilidades do início.

É realmente pena que um jogo bom acabe por se perder no mar de lançamentos que inundam as lojas digitais, mas infelizmente acho que é isso que vai acontecer. Já dei algumas analogias para explicar o que sinto relativamente a Imp Of The Sun, mas talvez a mais correta seja a de um atleta que na final bate o record pessoal, o record do país dele e até o record da prova, mas fica em segundo. Há muito aqui para gostar e o jogo é bom em tudo o que apresenta, mas já vimos tudo isto antes. Mesmo que nenhum desses jogos fosse melhor do que Imp Of The Sun, o facto de aparecerem primeiro dá-lhes a vantagem.

Tendo dito tudo isto, tenho de realçar no entanto a qualidade. Imp Of The Sun é realmente bom naquilo que faz. Se nunca jogaram nenhum dos jogos que vieram antes e são semelhantes a este, então este é talvez um dos melhores exemplos do género. No entanto se já jogaram Guacamelee! ou Ori, é difícil ignorar o sentimento de que já jogaram isto antes.