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Análise: Kombinera

É difícil de perceber como é que um dos maiores nomes da industria se tornou essencialmente irrelevante na atualidade. O tempo em que fazia consolas acabaram, mas o mesmo aconteceu à SEGA e esta continua bastante relevante como editora e com os seus estúdios internos. A Atari por outro lado atravessou bastantes dificuldades, passando por várias reestruturações e até falências, tendo trocando de dono até. Apesar de não ter o poder de outros tempos, o nome Atari em si ainda tem valor e é bom ver que está de volta a lançar novos jogos.

Kombinera vem pelas mãos da Graphite Lab e é um dos poucos jogos lançados pela Atari nos últimos anos. É bom ver a Atari a voltar a editar jogos e interessante que comece por jogos que têm tanto em comum com os jogos clássicos da Atari. Enquanto que o jogo anterior da Graphite Lab era um roguelike, Kombinera é um jogo de puzzles que encarrega o jogador de misturar várias bolas coloridas presas em ambientes exigentes. Parece simples, mas está fora de o ser na realidade. Kombinera abraça as origens arcade da Atari e é um verdadeiro regresso ao passado.

Kombinera equilibra a dificuldade para que seja um jogo difícil mas nunca se tornando frustrante. É uma premissa simples tornada complexa através do design dos níveis do jogo. Aprendender a jogar é realmente fácil, não sendo quase preciso um tutorial. O jogador controla todas as bolas de um nível de uma só vez, e cada cor tem uma habilidade diferente. As vermelhas não sofrem dano dos espigões, as amarelas partem os tijolos amarelos e as pretas não saltam. Isto obriga o jogador a ter que de pensar logicamente sobre quais bolas mover e em que ordem as combinar. Mas o jogo não por aí, já que também contém plataformas exigentes.

Kombinera é impressionante visualmente também, pelo menos se gostarem de cores primárias e um visual de inspiração retro que remete para os tempos da Atari 2600, ao mesmo tempo que parece completamente atual com pequenos floreios como partículas flutuantes. Kombinera tem um pouco de profundidade atrás do nível superficial. Existem mais de 300 níveis para os jogadores completarem e apesar disso ainda oferece um bom valor de replay. Não é um jogo para todos, e os níveis de bónus no final do jogo diminuem o foco no puzzle e carregam nas plataformas. Esses 300 níveis conseguem manter o jogador ocupado por bastante tempo.

Kombinera não é um jogo perfeito, especialmente no que toca aos controlos. Às vezes os controlos do jogo parecem muito flutuantes e as zonas de plataformas tornam-se mais complicadas do que deviam por causa disso. Felizmente a maior parte da dificuldade vem dos puzzles em si. Kombinera é um pequeno jogo que nos deixa sentir inteligentes e um perfeito companheiro para curtas sessões de jogo.