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Análise: Metal Tales: Overkill

Metal Tales: Overkill é um shooter top-down desenvolvido pela The Zerouno Games e é completamente virado para os fãs de música pesada. A banda sonora está recheada de músicas de vários estilos de metal e todo o jogo está cheio de elementos que nos levam para esse universo. Como fã do género dou logo um ponto extra pela temática, mas infelizmente Metal Tales: Overkill está longe de ser um jogo perfeito, com lacunas tanto na história como na jogabilidade. Em Metal Tales: Overkill, o deus Kuk possuiu todos os deuses da guitarra e através deles possui todos os metaleiros.

Através dos concertos infinitos, o deus Kuk e sua legião de zombis eliminam todas as criações originais das bandas de metal e os seus fãs. À medida que esses fãs metaleiros perdem a sua paixão pelo metal, apenas o jogador pode salvar a música. Isto resume toda a história e o jogo não perde muito tempo, resumindo-a em algumas imagens e texto também. A jogabilidade de Metal Tales: Overkill também está por todo o lado. Começamos por escolher uma de quatro personagens com dois iniciais razoavelmente equilibrados e dois desbloqueáveis que têm estatísticas mais de desequilibradas e oferecem desafios diferentes por causa disso.

Assim que escolhemos uma personagem, jogamos a jogar e temos de essencialmente limpar área atrás de área. Derrotar todos os inimigos em cada área faz com que as portas para as áreas seguintes se abram. Existem objetos destrutíveis em cada zona também e que podem conter itens. O jogador tem de limpar cada área no concerto, também descobrindo a loja, uma área de desafio, área com tesouro e zona do boss. Lutar e derrotar o boss permitirá avançar para o próximo concerto. O jogador também pode recolher ou comprar vários itens que oferecem upgrades ou debuffs. Esses itens serão essenciais para melhorar a personagem e facilitar o desafio à medida que avançamos no jogo. Novas guitarras mudarão a forma como o personagem dispara a sua arma por exemplo e alterar as cordas oferece um item de uso único que melhor temporariamente alguma estatística da personagem.

Nem todos os itens são úteis. Pedais e livros permitem que os jogadores drenem saúde, aumentem a velocidade de fogo ou causem danos significativos. O jogador tem várias opções à medida que progride em Metal Tales: Overkill, mas as opções são muito diferentes. Este é essencialmente um jogo rogue-lite já que cada corrida é radicalmente diferente da anterior, mas infelizmente não no bom sentido. Um bom rogue tem que permitir ao jogador ter boas chances de chegar mais longe que anteriormente mesmo que a sorte não esteja do seu lado e tem também que ter algum tipo de progressão persistente constante. Infelizmente Metal Tales: Overkill não faz nenhuma das duas coisas bem. Primeiro porque o grande factor para o sucesso é a sorte e por outro lado existem melhorias permantens em Metal Tales: Overkill, mas ganhar pontos para desbloqueá-las pode levar muito tempo.

Metal Tales: Overkill oferece uma experiência agradável na sua jogabilidade central, mas as inconsistências na dificuldade e nos itens começam a estragar a diversão que temos com o jogo a longo prazo, tornando-o frustrante. Felizmente o jogo consegue oferecer bons elementos noutros aspetos. O estilo de arte de Metal Tales: Overkill é realmente bom, especialmente se forem fãs do universo da música pesada. O estilo de arte mantém as fontes e o estilo conhecido no género metal e todo o jogo remete-nos logo para a música. Claramente os criadores do jogo são fãs e nota-se a dedicação na componente visual e sobretudo na componente audio. Podem não encontrar grandes hits populares do género, mas todas as musicas aqui são soberbas.

Se gostam de Metal e shooters top-down, podem encontrar muita coisa aqui para gostar. O jogo tem muitas falhas, mas são todas elas passíveis de correção e algo com que conseguimos facilmente conviver se gostarmos da temática e da jogabilidade base.