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Análise: Redmi Note 11

Separada da Xiaomi desde 2019, a Redmi continua a destacar-se nos segmentos budget. O mais recente Redmi Note 11 continua esta tendência, sendo um dispositivo realmente interessante por menos de 200€, pelo menos no modelo mais barato, já que podem optar por até 128GB de armazenamento e até 6GB de ram, mas para isso vão ter adicionar algumas dezenas de euros ao preço.

Como já se tornou normal, juntamente com o Redmi Note 11, foram apresentados outros da mesma série Note 11, O Redmi Note 11 Pro 5G, o Redmi Note 11S e o Redmi 11 Pro. O Redmi 11 que é o foco desta review é talvez o mais simples dos três, mas convém notar que há mais a unir estes telefones do que a separar-los. O Redmi Note 11 e o Redmi Note 11S por exemplo são muito semelhantes, com apenas o processador e algumas opções de memória a marcarem a diferença. Relativamente ao anterior Redmi Note 10 por outro lado, as diferenças são muitas, desde um ecrã melhor até uma câmara largamente superior.

Sendo o modelo mais básico da série, o Redmi Note 11 é também o único que conseguimos comprar por menos de 200€ e no que toca a um telefone budget, esta é uma vantagem que não podemos ignorar. Depois de analisar o Xiaomi 12X, pegar no Redmi Note 11 seria sempre um passo atrás, no entanto é o design e conforto que mais se destacaram para mim. O novo Redmi é um dispositivo um pouco aborrecido e não é de todo tão agradável ao toque e manuseamento como o Xiaomi 12X. Não é de todo feio e é suave ao toque, mas quando temos como comparação um telefone da série Xiaomi 12, não é fácil.

Em termos técnicos, o Redmi Note 11 conta com um ecrã AMOLED de 6.43 polegadas, protegido com um vidro Gorilla Glass 3. O interior está também relativamente protegido já que o telefone conta com IP53, que garante que alguns salpicos não irão afetar o seu funcionamento. O ecrã consegue mostrar atingir 700 nits com picos até 1000 e uma taxa de refrescamento de 90Hz. Para 200€ apenas posso dizer que não é nada, mesmo nada, mau. Para que isto tudo funcione o Redmi Note 11 tem uma bateria de 5000mAh mais do que capaz de aguentar tudo isto durante um dia inteiro e ainda sobrar, mas se a bateria começar a ficar baixa podem rapidamente carregar toda a bateria em pouco mais de uma hora com o carregador de 33W incluido.

O desempenho é bastante bom para um dispositivo deste preço. O processador Snapdragon 680 com GPU Adreno 610 é mais do que capaz de correr praticamente tudo, mesmo que tenhamos de reduzir os visuais dos jogos mais exigentes. Tanto a ram como o armazenamento baseiam-se em tecnologias mais antigas e mais lentas, mas apesar dessas limitações técnicas, o Redmi Note 11 irá satisfazer o uso diário da maioria dos utilizadores. É um dispositivo leve e a Redmi manteve os custos baixos apostando em alguns componentes mais antigos e não contendo coisas como 5G. Embora a falta de 5G seja aceitável para o preço, manter o Wi-Fi 5 e Bluetooth 5.0 não é tão compreensível. Essas especificações sem fio mais antigas significam que o Redmi Note 11 ficará desatualizado mais cedo e pode não ter a performance mais desejável em algumas operadoras.

Em termos de fotografia, o Redmi Note 11 conta com um sensor principal de 50MP, o que é metade do que é oferecido com o outros telefones da série Note 11. Esta câmera principal é acompanhada por uma câmera ultrawide de 8MP, bem como uma câmera macro de 2MP e uma câmera de profundidade de 2MP. Usar o aplicativo da câmera é simples e rico em recursos. As fotos são nítidas durante o dia, mas em termos de contraste nota-se o preço do telefone. As fotos tiradas de noite ou em outras condições de pouca iluminação são mais ruidosas e menos coloridas. A câmara ultrawide é bastante aceitável, mas a macro é simplesmente descartável, com muito pouca resolução. As selfies da câmera frontal de 13MP aceitáveis. A captura de vídeo da câmera traseira é limitada a FHD (1080p) e 30fps.

O Redmi Note 11 vem com o Android 11 e o MIUI 13 da Xiaomi. Tal como disse na análise ao Xiaomi 12X, esta não é uma análise ao MIUI e enquanto utilizador gosto do sistema, mas é algo bastante pessoal. Quando à versão do Android a minha opinião mantém-se e acho que neste momento deveria sair com o Android 12. O meu POCO de uso diário já recebeu Android 12, por isso não encontro grandes razões para que este seja lançado ainda com o Android 11. Quando a updates temos que confiar no que a Redmi nos diz e que a atualização irá chegar.

Redmi Note 11 é um budget phone e cumpre essa função na perfeição. Os compromissos que são feitos para manter o preço baixo são compreensíveis e nenhum deles compromete a performance. Na utilização diária não irão notar grande diferença para um flagship até, no entanto podemos ver as limitações quando começamos a tirar fotografias ou tentamos jogar algum jogo mais exigente. Tendo isso em mente pode ser o telefone que precisam, mas temos mesmo que ter tudo isto em mente para não querer retirar mais do que o dispositivo é capaz de nos dar.