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Análise: The Tale of Bistun

Inspirado no conto mitológico iraniano de Khosrow e Shirin, The of Bistun é um jogo com um grande foco narrativo. A personagem principal é Farhad, um trabalhador de pedra nas encostas do Monte Behistun, também conhecido como Bistun. Farhad sofre de amnésia, um dos veículos preferidos dos contadores de histórias uma vez que permitem à personagem saber tanto como o leitor ou jogador da história. Guiado por um misterioso pássaro, Farhad tem que encontrar árvores afligidas por uma corrupção maligna. As suas recompensas são romãs mágicas que curam lentamente a sua amnésia e pelo caminho o jogo fala ainda de um romance sobre como salvar a amada de Farhad, além de abordar temas como sacrifício e a eterna luta do bem contra o mal.

Desenvolvido por um criador iraniano, o jogo conta com pormenores de mitologia persa que para nós mais ocidentais são muito originais. Simbolismo e detalhes visuais precisos vêm naturalmente já que vêm da cultura em questão diretamente e não por curiosidade de estrangeiros. Este não é um jogo onde imagens míticas e cultura são referências lançadas para dar alguma carne ao mundo do jogo, mas sim onde estas referências têm sentimento por trás e cada personagem ou item tem ligações com o poema de origem ou locais históricos.

The Tale of Bistun é um jogo de ação com câmara fixa isométrica que se move entre locais adoráveis no mundo jogo e habitados por monstros e magia. É uma terra de sonhos fora do tempo e da realidade. O jogo dura cerca de três horas e Farhad através de três ciclos onde ele liberta a romã mágica na terra, depois come as suas sementes e viaja para o mundo dos sonhos. Depois de lutar contra a corrupção e recuperar um pouco da sua memória, ele volta à Terra e progride montanha acima em direção ao chefe final, repetindo este ciclo uma série de vezes. A viagem de Farhad pelos dois mundos é essencialmente linear, mas as paisagens são coloridas e atraentes. O acompanhamento musical adiciona muita carga emocional a cada cena e transporta-nos realmente paara o local já que se baseia em melodias e instrumentos tradicionais da zona.

A história é contada por um narrador que também dá voz ao personagem da árvore e outros. A escrita é boa e poética, mas há muita narração, não deixando espaço para interpretar o que acontece. Além disso o jogo tem o mau hábito de parar ação para nos dar história, o que quebra demasiado o ritmo. O combate e ação também estão abaixo do que seria desejável. Farhad tem um par de machados ​​e um ataque especial. Há um botão de ataque corpo a corpo, um botão para o especial e o combate nunca evolui mais do que isso durante todo o jogo. Também não existe muito em termos de desafio e mesmo quando morremos o castigo é voltar para um ponto ligeiramente atrás. Por outro lado há uma quantidade razoável de tipos de inimigos, o que também faz com que seja realmente uma pena que o combate não seja mais profudno.

The Tale of Bistun tem uma boa história e mundo. Os aspetos mitológicos são detalhados e conseguimos ver que vêm de alguém onde estas histórias fazem parte da cultura do seu país. É realmente pena que o combate não seja melhor e as três horas de duração acabam por ser pouco já que dificilmente jogamos uma segunda vez.