Análise: Chasm

O género MetroidVania passou de raro a um dos géneros mais usuais de encontrar em jogos indie. Longe estão os tempos em que estes lançamentos era raros e Chasm é um dos mais recentes jogos a ir buscar inspiração ao Metroid original. A história de Chasm é a de um cavaleiro que parte numa demanda para salvar uma cidade mineira.

Praticamente todos os elementos do género está presentes, sejam eles aquilo que o género tem de melhor ou de pior. A cidade começa por parecer abandonada, mas isso é que porque os habitantes da cidade foram raptados por monstros. Cabe ao jogador explorar as profundezas das minas para salvar os habitantes da cidade. Pelo caminho vamos encontrando obstáculos e também melhorias, melhorias essas que precisamos para poder avançar. Estas melhorias vão desde equipamento para saltar mais alto e assim nos permitem aceder a áreas que começam por não estar disponíveis, a coisas como uma lanterna que nos permite ver no escuro.

O combate em Chasm é bastante simples, focando-se numa mecânica de ataque e esquiva que tem tanto de intuitiva como gratificante. O sucesso no combate vem sobretudo de conseguir perceber e decorar os padrões de ataque dos inimigos. Além da nossa habilidade, o combate é decidido também pelo equipamento que usamos. Infelizmente as armas presentes no jogo são poucas e são encontradas de forma muito espaçada. Obviamente que Chasm não é um dungeon crawler recheado de loot, mas novas armas a um ritmo mais acelerado iria beneficiar o jogo.

O combate é apenas parte do jogo, já que o jogo é também um jogo de plataformas competente. Chasm está recheado de momentos memoráveis, mas nem sempre nos consegue manter interessados o suficiente nos momentos entre estes momentos memoráveis. O jogo utiliza geração processual para criar o sistema de cavernas. Isto faz com que cada vez que jogamos o jogo temos um layout de cavernas diferentes. Esta abordagem pode criar a ilusão de que o jogo se mantém fresco em várias corridas, mas em pouco tempo conseguimos ver as falhas desta. Os pontos de gravação por exemplo, por vezes ficam em locais demasiado afastados, mas a crítica mantém-se para outras coisas. Por vezes o ritmo do jogo fica completamente quebrado, mas todas as cavernas aborrecidas juntas.

Salvar os habitantes da cidade traz mais vantagens do que simplesmente progredir o jogo ou dar-nos um bónus de pontuação. À medida que vamos salvando a população, os habitantes vão reabrindo as suas lojas na cidade, o que nos permite comprar alguns itens no ferreiro ou no alquimista da cidade. Ao vermos a cidade a voltar à sua antiga vida aos poucos é um detalhe importante e dá-nos um sentimento de progresso e da importância das nossas ações.

Chasm é um jogo interessante, mesmo que com algumas falhas. Maior parte das falhas vêm da geração do layout das cavernas, portanto não irão acontecer nem sempre nem a todos os jogadores. Se gostam do género, Chasm é um jogo com boa jogabilidade e visuais agradáveis, perdendo apenas pelo foco em oferecer novas corridas diferentes, em vez de uma única, mas forte.

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