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Análise: Returnal

Returnal foi uma agradável surpresa no seu lançamento original na PlayStation 5, não se ficando por ser melhor do que muitos esperavam, mas também tornando-se um dos melhores jogos do ano e até o melhor roguelike. Se querem saber um pouco mais sobre o jogo recomendo que leiam a análise original aqui. Esta análise irá focar-se exclusivamente no que podemos esperar de diferente nesta versão para PC.

Returnal é um roguelike na terceira pessoa, com alguns elementos de bullet hell. Depois de cairmos num planeta desconhecido, o jogador fica preso num loop onde morrer irá trazer-nos de volta para a nave para podermos tentar novamente. Existem algumas melhorias permanentes e aos poucos vamos conseguindo progredir mais dentro do planeta, mas grande parte do sucesso depende das ações e decisões que fazemos na corrida atual. Não acredito que seja possível avançar muito de uma vez, já que vamos precisar de gastar os pontos acumulados nas melhorias permanentes, mas o tempo que demoram a terminar o jogo depende muito da vossa habilidade.

A qualidade de Returnal vive muito às custas da excelente jogabilidade. O jogo pode não gozar da mesma popularidade de outros mega-franchises que a Sony possui, mas é um jogos mais gratificantes de jogar na PlayStation 5. A primeira coisa que posso garantir é que nada disto mudou nesta versão, no entanto enquanto que todas as PlayStation 5 conseguem correr Returnal, para tirar o máximo partido de Returnal no PC vão precisar de ter feito um upgrade recente. Praticamente todos os PCs gaming vão conseguir correr o jogo com os gráficos no mínimo ou até médio, mas Returnal não só pede para ser jogado em Epic, como praticamente exige. Returnal é um jogo com efeitos visuais soberbos e se não forem jogar neste nível de detalhe não vão aproveitar aquilo que o jogo tem para oferecer e jogar Returnal na Steam Deck por exemplo, é fazer uma desfeita aos criadores do jogo.

Não basta conseguir correr o jogo nesse detalhe, convém que tenham estabilidade suficiente na framerate para que a jogabilidade fluida continue assim. A Housemarque conseguiu criar um jogo que oferece o mesmo nível de ação de jogos como Resogun, mas num mundo 3D é é simplesmente impressionante. Não é um jogo fácil, longe disso e os vícios que ganhamos no início podem custar a verdade. Returnal deve ser jogado de forma agressiva, mantendo Selene em movimento e atacando, mesmo que no início possa parecer eficaz procurar abrigo. A atmosfera do jogo é outro aspeto fenomenal e novamente, recomendasse jogar em detalhes máximos para tirar o máximo de partido do jogo.

Está versão para PC além de manter a qualidade geral do jogo, traz consigo todo o conteúdo adicionado depois do lançamento. A Torre de Sisyphus por exemplo é um modo infinito que desbloqueamos algumas horas dentro do jogo e que leva os elementos roguelike ao extremo. É impossível não recomendar Returnal no PC, a não ser que já possuam o jogo na PlayStation 5. Nesse caso não vejo nenhuma razão que justifique comprar novamente o jogo.