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Análise: Ratchet & Clank: Rift Apart

Ratchet & Clank: Rift Apart é na minha opinião o melhor jogo da série até agora. Aquando do lançamento original para PlayStation 5 tornou-se não apenas o meu jogo favorito da série como também um dos meus favoritos na consola. Há tanto a jogar a seu favor, mas é a jogabilidade viciante que me agarrou durante horas e horas. O jogo é visualmente brilhante, tanto pela fidelidade como pela direção artística, com toques de génio e pormenores soberbos espalhados pelos mundos mais ou menos abertos do jogo. Com a sua dupla de jogos Spider-Man e outros tantos exclusivos da Sony a fazerem boa figura no PC, não seria um passo em falso em The Last of Us que indicaria uma quebra geral de qualidade. A Sony já demonstrou que pode fazer a transição sem problemas para o PC, acrescentando algumas funcionalidades novas.

Ao contrário dos melhores exemplos de ports da Sony para PC, Ratchet & Clank: Rift Apart não é perfeito, mas não deixa de ser um jogo fantástico por causa de pequenos problemas. Todas as opções estão disponíveis tanto no lançador do jogo como no menu principal ou até mesmo durante o jogo para a maioria das configurações. Podemos escolher várias opções técnicas que adaptam da melhor forma o jogo ao nosso PC. Algo com que não nos temos de preocupar na consola, mas que temos de ter acesso no PC. No geral o jogo irá correr bem de forma automática, mas é bom poder alterar por exemplo o ecrã onde o jogo será lançado. Quanto a melhorias visuais e desempenho, é também possível ativar a melhoria de resolução através de DLSS, AMD FSR 2.1, XeSS e IGTI, o método interno de melhoria da Insomniac. Devemos escolher a opção mais adequada para o nosso hardware.

Existem alguns problemas significativos que, até serem resolvidos, mantêm a PS5 como a versão definitiva. O mais irritante de todos é a queda frequente do jogo. Quando jogado na Steam Deck, pode ser surpreendentemente fluido e continua a ser visualmente impressionante, demonstrando como o estilo artístico é mais relevante do que a potência gráfica. Contudo, após cerca de meia hora de jogo, este abranda subitamente, congela e bloqueia completamente o sistema, exigindo um reinício. Isto pode ser devido à geração de cache que pode ter alguns problemas e tenho a certeza que estes crashes ocasionais serão eliminados em tempo útil. Outra questão prende-se com os controlos.

O arsenal do jogo foi concebido para aproveitar os gatilhos adaptativos do DualSense, permitindo ao jogador pressionar R2 parcialmente para disparar um cano da espingarda e totalmente para ambos. Mesmo ao ligar um comando PS5, esta mecânica não funciona tão bem aqui. Os gatilhos apresentam uma resistência menor e os modos de disparo das armas parecem ter sido alterados para funcionar com comandos padrão e com um Rato e Teclado. Em vez de um pressionar parcial e total, o jogo verifica um pressionar curto ou um pressionar longo. Isto funciona bem para a maioria das armas, no entanto, em armas como o Drillhound, o bloqueio automático torna-se impossível. Os disparos ainda acertam no alvo, mas a sensação não é a mesma. No entanto, qualquer método de controlo escolhido adapta-se perfeitamente aqui. A Steam Deck consegue reproduzir todas as pequenas vibrações muito bem e inclui mira giroscópica por defeito.

Existe também um problema relacionado com o facto de o jogo ter sido desenvolvido com base no hardware da PS5. Vários níveis aproveitam o SSD da consola para carregar instantaneamente novos níveis com um simples pressionar de um botão, criando sequências incríveis, secções de plataformas e batalhas contra bosses. A Insomniac sempre otimizou os seus jogos tendo em vista a consola-alvo, mo entanto, mesmo com um SSD no PC, os tempos de carregamento não são instantâneos. Exceto ao entrar numa dimensão de bolso, temos de esperar um ou dois segundos para que o jogo recarregue o nível ao atravessar certos rifts ou ao atingir cristais. Não é um problema grande, mas é a fluidez da versão PlayStation 5 que é tão impressionante. Os resultados podem variar com base no hardware, mas não deixa de ser um jogo verdadeiramente impressionante no global.