Análise: Dragoness: Command of the Flame

Dragoness: Command of the Flame é a mais recente oferta da Crazy Goat Games no mundo dos jogos de estratégia por turnos. Apesar das suas ambições, este título parece não conseguir alcançar totalmente o seu potencial. No papel do Comandante Élfico, o jogador vê-se no centro de um conflito entre duas casas de dragões em guerra. os nobres Regals e os corrompidos Shai-Va. A narrativa é apresentada através de painéis de arte estática, que, infelizmente, não conseguem transmitir a profundidade da história de forma eficaz. No geral, a história não é essencial para desfrutar do jogo, mas a falta de envolvimento com os eventos que se desenrolam pode ser um obstáculo para alguns jogadores.

A jornada pelo mundo aberto é orientada por Natiq. A sua voz irritante não ajuda muito na compreensão das informações que ele oferece. Natiq atua como guia, auxiliando nas escolhas e encontros ao longo do jogo. O mundo aberto é o lugar onde o jogador recolhe recursos, descobre tesouros, realiza missões secundárias e interage com NPCs. No entanto, a mecânica de exploração é um dos pontos fortes do jogo, proporcionando uma sensação de progresso à medida que expandimos o nosso território e construímos a base central. Falando em construção de cidades, esta é uma parte fundamental do jogo. O jogador pode expandir a sua base central, adicionando estruturas como o Amplificador Mágico, que desempenha um papel crucial na narrativa. No entanto, a construção de cidades em Dragoness é relativamente simples, e a falta de complexidade pode deixar alguns jogadores ávidos por mais opções de personalização insatisfeitos.

A construção de estruturas requer uma quantidade significativa de recursos, o que pode tornar o progresso lento e tedioso. Os recursos necessários para a construção de estruturas podem ser obtidos ao explorar o mundo aberto e derrotar inimigos em combates táticos por turnos. No entanto, é neste ponto que o jogo mostra sua maior fraqueza. O combate é, infelizmente, bastante monótono. As unidades têm uma gama de movimento limitada, o que torna o avanço lento, e as animações de combate são simples e desprovidas de emoção. Isso é uma pena, considerando que Dragoness apresenta uma variedade de criaturas de fantasia, cada uma com habilidades únicas que poderiam adicionar profundidade ao combate. Infelizmente, a falta de dinamismo no combate deixa a desejar.

O jogo destaca-se pela sua mecânica de progressão. O jogador pode modificar as configurações do seu exército, conhecidas como Feitiços de Revival usando várias estruturas, como o Oráculo. Essa flexibilidade permite que adaptemos a nossa estratégia de acordo com a situação, adicionando uma camada de complexidade ao jogo. Além disso, a aleatoriedade na seleção de habilidades e bónus após cada turno adiciona um elemento de imprevisibilidade ao jogo, o que pode ser intrigante para alguns jogadores. As missões secundárias apresentam alguns desafios extra que embora não sejam obrigatórias, geralmente valem a pena. O diálogo ajuda a dar vida aos personagens e à narrativa e faz um trabalho decente a criar um mundo mais rico.

Dragoness: Command of the Flame é uma aventura estratégica que deixa a desejar em alguns aspectos. Embora tenha algumas ideias interessantes, como a mecânica de progressão flexível, o jogo é prejudicado por um combate monótono e uma construção de cidades simplista. A história, embora não essencial, também poderia ter sido melhor desenvolvida para criar um envolvimento mais profundo.

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