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Análise: BAN: The Prologue of GUCHA GUCHA

Introdução

BAN: The Prologue of GUCHA GUCHA é um jogo de terror que desperta expectativas altas com base na sua apresentação inicial. Inspirado em clássicos do género e no folclore japonês, o jogo promete uma atmosfera carregada de tensão e mistério, onde criaturas do outro mundo se escondem nas sombras. Porém, apesar de apresentar uma base sólida e muitas ideias interessantes, a execução final deixa bastante a desejar. O jogo parece ter sido lançado prematuramente, comprometendo a experiência de jogo com problemas técnicos e uma falta de polimento evidente.

Jogabilidade

No controlo da protagonista Shoko Yuki, uma estudante universitária que procura o seu cão perdido, BAN oferece uma experiência de sobrevivência onde o principal desafio é escapar das criaturas que surgem nas sombras. A jogabilidade é simples, com mecânicas básicas de exploração e fuga, mas é prejudicada por controlos pouco responsivos e uma interface rudimentar. Além disso, o jogo apresenta problemas de desempenho que dificultam a fluidez da experiência, dando a sensação de que ainda está numa fase de desenvolvimento inicial, algo semelhante a uma versão beta.

Mundo e história

A história de BAN é simples mas eficaz. Após uma criatura misteriosa assustar o seu cão, Shoko segue-o para dentro de uma floresta desconhecida, onde começa a enfrentar monstros inspirados no folclore japonês. A premissa de salvar um animal de estimação funciona como uma motivação emocional para o jogador, enquanto o cenário sombrio e desconhecido desperta uma sensação de terror. A atmosfera é claramente influenciada por obras como os jogos da série Siren e pelos contos de terror de Junji Ito, com um toque de surrealismo e mistério que cria um ambiente de pesadelo.

Grafismo

Um dos pontos altos de BAN é o grafismo, especialmente as cutscenes, que evocam memórias dos jogos de terror da era PS2. As cutscenes são visualmente impactantes e ajudam a estabelecer uma atmosfera assustadora e envolvente. Durante o jogo, o uso contrastante de luzes e sombras adiciona profundidade e intensidade ao ambiente, contribuindo para a imersão. No entanto, o design geral do jogo peca pela falta de integração entre elementos, o que o faz parecer por vezes um título de baixa qualidade. A apresentação visual é irregular, alternando entre momentos bem trabalhados e outros que deixam transparecer limitações técnicas.

Som

A banda sonora e os efeitos sonoros de BAN desempenham um papel fundamental em criar uma atmosfera de terror eficaz. O som ambiente é utilizado de forma a intensificar o sentimento de medo e desconforto, enquanto os momentos de silêncio ou sons distantes e inexplicáveis aumentam a tensão. Apesar da qualidade do som ser positiva, algumas falhas técnicas prejudicam a experiência, uma vez que problemas de sincronização e pequenas falhas no áudio afetam a imersão. Ainda assim, o design sonoro contribui bem para a atmosfera, mesmo com as limitações.

Conclusão

BAN: The Prologue of GUCHA GUCHA é um jogo que se destaca pela sua tentativa de criar uma experiência de terror envolvente e fiel ao estilo clássico do género. Infelizmente, a falta de polimento e os problemas de desempenho prejudicam a sua execução, fazendo com que pareça um título ainda em fase de desenvolvimento. O jogo tem boas ideias, uma atmosfera bem construída e cutscenes cativantes, mas carece da qualidade técnica necessária para oferecer uma experiência completa. Com mais tempo e ajustes, BAN poderia tornar-se num título interessante para os fãs de terror japonês, mas no estado atual fica aquém do seu potencial.