Análise MirrorMoon EP

MirrorMoon EP é um jogo de puzzles e exploração, com um cenário espacial em que cada planeta assume-se como um puzzle. Quando iniciam o jogo, vão encontrar-se à frente de alguns ecrãs, alguns botões e alguns mostradores. Não há nenhuma indicação do que fazer, ou mesmo do que cada objecto faz. Não existem qualquer tutorial e o sentimento de estar completamente perdido mantém-se durante muito tempo. Quando conseguem chegar ao primeiro planeta vão usar as teclas WASD para o movimento e rapidamente irão encontrar uma estrutura.

Esta estrutura é uma espécie de pódio . No topo do pódio existe forma e ao caminharem por cima dela irão apanha-la. Quando fizerem isso, uma simples linha de texto informa que podem usar o rato para girar o objecto, mas não diz para quê. Sempre que girarem o objecto , a lua gira também e vão chegar à conclusão que é um minimapa. Isto pode tudo começar a fazer sentido ao fim de algum tempo, mas para mim toda a desinformação não beneficia em nada nenhum jogo. Obviamente há algumas situações em que não dizer algo ao jogador funciona bem, mas não dizer absolutamente nada torna este um jogo para muito poucos jogadores. Nem sequer aquilo que a suposta personagem do jogo conhece, como os primeiros mostradores são ensinados aos jogadores.

Infelizmente , isso é o máximo que eu posso dizer sobre o jogo, porque é realmente muito simples. Não é fácil, muito pelo contrário. Especialmente porque maior parte do tempo estamos perdidos, acabando por funcionar com um sistema de tentativa e erro bastante antiquado. Por exemplo , muitos dos planetas são extremamente simples. Outros planetas por exemplo são completamente focados na exploração, com muito pouco para resolver em temos de puzzles.

Graficamente MirrorMoon EP é bastante simplista, o que aumenta ainda mais o problema de orientação. Apesar de existirem algumas estruturas, a grande maioria dos planetas são verdadeiros desertos sem qualquer tipo de estrutura memorável que nos ajude. Isto também faz com que a maioria dos planetas pareça igual. Ao contrário de jogos como Proteus por exemplo, MirrorMoon é um jogo frio que não é de todo convidativo. Artisticamente pode ser interessante para alguns, mas para mim não é uma escolha que valorize um jogo de exploração, no entanto o som é muito bem conseguido e consegue realmente reflectir os visuais do jogo, no bom sentido.

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O aspecto que menos me impressionou foi a jogabilidade. O esquema WASD é standard, mas o uso do rato simplesmente não funciona. Não podemos subir e descer a câmara porque o rato é utilizado para rodar objectos, o que nos deixa com algo que se sente muito parecido com o Doom original.Tudo isto pode realmente agradar a alguns jogadores. Consigo ver o objectivo de MirrorMoon, oferecer uma série de ambientes para explorar, tudo num ambiente espacial, e porque alguns jogadores se podem sentir atraídos pela ideia.

Mas MirrorMoon EP não é de todo um jogo para todos e maior parte dos jogadores vai simplesmente deixá-lo a ganhar pó na sua livraria Steam ao fim de alguns minutos. Não é linear e nem sequer é acessível à grande maioria, mas se este é o vosso género de jogo, então devem dar uma espreitadela, nem que seja à demo.

6/10

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