Análise: Roundabout

A escolha entre comprar ou não Roundabout é muito simples. Querem um jogo que vos vai divertir e fazer rir durante 5 horas? Se sim então é o melhor que podem fazer com o vosso dinheiro. O principal problema em Roundabout é as dores faciais que resultam de tanto tempo com um sorriso na cara.

Aqui jogamos como Giorgio Manos, um condutor de limousine com um estilo muito particular de condução que se resume a girar. A limousine de Giorgio está sempre a girar e é esse pequeno pormenor que torna a jogabilidade de Roundabout tão divertida. Como estamos sempre a girar, navegar pela cidade do jogo torna-o mais um jogo de puzzle do que de condução. Tocar em qualquer outro carro ou obstáculo não destrói logo o veículo, sendo preciso alguns impactos antes disso acontecer o que torna o jogo um pouco mais acessível, mas não deixa de ser bastante desafiante.
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As missões são o foco principal da campanha, com uma boa dose delas, mas que infelizmente se baseiam sempre em levar passageiros de um lugar para outro, havendo apenas um ou duas que quebram esta tendência, como por exemplo uma em que tínhamos de arrastar caixões para as covas com a nossa limousine.  Mas não há muito por onde pegar num jogo de condução e Roundabout até acaba por se safar bem em termos de variedade.

As missões têm checkpoints bem distribuídos, levando-nos às zonas mais complicadas de navegar da cidade. Apesar de no início apenas termos a nossa habilidade de navegar entre os obstáculos para nos safarmos, à medida que avançamos no jogo temos acesso a habilidades como abrandar o tempo. No ultimo terço do jogo temos ainda a possibilidade de saltar, o que traz uma nova dimensão ao jogo, podendo saltar sobre rotundas, penhascos e até circular na cidade pelos telhados.

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Tudo isto faz de Roundabout um jogo muito divertido e viciante, mas ainda falta abordar aquilo que Roundabout tem de melhor. Não a sua história em si, mas como esta é contada através de cutscenes live action, muito ao estilo Filme B, com atores e diálogos deliberadamente maus. A própria personagem Giorgio é uma piada aos baixos orçamentos destes filmes, pois tem todas as características de um homem, é tratado como um homem no jogo e é uma mulher.

São estes pequenos videos no fim e inicio das missões que elevam Roundabout. Dão-lhe personalidade e melhoram aquilo que de outra forma seria um pequeno mini-jogo divertido. Até a sua brincadeira com o sexo de Giorgio pode ser visto de uma forma mais filosófica por quem se importar por estudar isso.

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Infelizmente também tem alguns problemas, principalmente na navegação. Enquanto que nas missões temos muitos checkpoints, quando queremos apenas explorar a cidade ou até ir de uma missão para a outra, como estes não existem, a exploração torna-se uma experiência penosa.

Há muitas razões para explorar as cidades do jogo, mas fazê-lo não é divertido. Há pilhas de dinheiro para recolher, propriedades para comprar, desafios para completar. Em termos de conteúdo há muito, mas ter que navegar sem checkpoints complica tudo.

 

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