Análise: Teardown

Teardown é um jogo com um sistema de destruição verdadeiramente impressionante. Praticamente tudo no jogo pode ser destruído utilizando as ferramentas do jogo e veículos .Teardown é um jogo fácil de gostar e enganosamente bonito que oferece uma boa atenção ao detalhe na sua física. Certos materiais como a madeira fazem que o fogo se espalhe de forma realista, com os efeitos de partículas de fumo a cercarem o fogo enquanto ele se espalha. As armas produzem bons resultados, os edifícios desmoronam-se se a fundação for removida à força e até as tempestades podem trazer relâmpagos repentinos que destruirão pedaços do mundo do jogo e causam incêndios. Pessoalmente não ficava tão impressionado com um sistema de destruição desde o reboot de Red Faction.

O jogo começa com três modos. A campanha, onde os jogadores trabalham numa série de assaltos e subir na hierarquia para se tornar o derradeiro ladrão. Os desafios, onde os jogadores são lançados em ambientes aleatórios, recebem um conjunto fixo e específico de ferramenta que devem para completar os objetivos. Por fim temos talvez o melhor modo, o modo Sandbox, onde os jogadores recebem ferramentas totalmente melhoradas e são livres para criar e destruir o conteúdo como quiserem.

Caso prefiram mais estrutura vão começar pelo primeiro modo. Ao explorar os ambientes vamos encontrar objetos de valor que valem dinheiro que podemos usar para melhorar as nossas ferramentas, tornando-as muito mais úteis a causar estragos ou maximizar a capacidade de manobra para completar uma missão. À medida que os jogadores desbloqueiam ferramentas, eles podem também manipular materiais como metal e plástico, o que nos traz uma série de possibilidades táticas para as missões. Muitas missões envolvem o disparo de um sistema de alarme, e os jogadores têm de chegar a um veículo de fuga antes da chegada da polícia.

Ao longo da campanha itemos encontrar uma vasta gama de objetivos, desde roubar veículos, destruir prédios e outros mais originais. Podemos ver claramente onde está cada item alvo através de um mapa e podemos planear os assaltos recorrendo a ele. Teardown não precisava de história e o jogo brilha sobretudo no modo sandbox, mas se por um lado acredito que um modo mais estruturado pode agradar a alguns jogadores, o que o jogo nos oferece não é propriamente bom. Há uma história algures aqui, mas para a descobrir temos que ler os emails que recebemos entre as missões. Isto pode até ser suficiente para alguns jogadores, mas não é de todo uma boa solução, não criando qualquer tipo de empatia com as personagens.

O jogo introduz alguns robôs à mistura e outras surpresas, mas no geral pouco mais há do que o jogador e os seus objetivos. Depois de pouco tempo, a falta de outras personagens para interagir durante os níveis acaba por pesar. O principal problema é que parece nem haver consequências para as nossas ações. Quando há uma boa história há uma narrativa para seguir e o que fazemos faz sentido na história, mas aqui pouco mais temos do que missões a seguir a missões. O jogo é realmente divertido de jogar, mas com pouco mais a retirar daqui do que o desafio das restrições que este modo tem, ficamos a pensar porque não jogamos simplesmente o modo sandbox. Existem missões secundárias que aparecem de tempos a tempos, tentando adicionar variedade às missões, mas também ficam aquém, porque a jogabilidade de qualquer coisa que não esteja especificamente a serviço da destruição também não impressiona.

A Tuxedo Labs conseguir criar uma experiência muito boa com este Teardown, mas ao tentar oferecer um jogo completo em vez de algo mais simples acaba por prejudicar o jogo. O modo sandbox é a estrela aqui e esse justifica completamente a compra, mas não contém com mais do que isso.

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