Análise: The Serpent Rogue

The Serpent Rogue é um novo jogo de ação e aventura com foco em crafting. Foi desenvolvido pela ucraniana Sengi Games e publicado pela Team 17, por isso se querem fazer parte na ajuda a um país invadido podem começar por comprar alguns jogos de estúdios ucranianos e porque não The Serpent Rogue. Tendo como palco um mundo de fantasia medieval, The Serpent Rogue coloca o nosso protagonista a enfrentar uma praga. Dominando a arte da alquimia, domando as criaturas e ajudando os cidadãos, o jogador tem de proteger o reino da destruição iminente.

Uma praga contamina tudo e a história do jogo é leve e não muito elaborada além de que existe essa mesma praga. A maioria dos NPCs pouco mais tem a dizer do que alguns diálogos genéricos. A maior parte da narrativa é feita através do conhecimento que o jogador pode encontrar enquanto explora o mundo. É um daqueles jogos que nos dá tanta história e lore como procurar-mos. Se não procurarmos saber mais sobre o jogo iremos terminar o jogo sem sabermos grande coisa sobre o seu mundo.

Mesmo com a história leve, a jogabilidade em The Serpent Rogue tem muito para nos manter presos. A primeira tarefa do jogo coloca-nos a explorar várias áreas ao redor da área inicial onde temos de recolher ervas e recrutar ou derrote vários animais e.outras criaturas que por lá andam. Fazer isto faz a personagem aprender a fazer mais poções ou, itens e armas. Primeiro temos que aprender o que cada um dos materiais faz e para isso usamos o laboratório. Este processo pode ser tedioso e sinceramente acho que simplesmente colocar uma descrição em cada um seria suficiente ou criar algo ainda mais intuitivo, mas ter d pesquisar cada material existe que o jogador saia e recolha a quantidade necessária de material e isso por vezes existe voltar várias vezes à mesma zona.

O sistema de crafting é bastante complexo em The Serpent Rogue. O jogador pode encontrar receitas espalhadas pelo jogo e também pode experimentar materiais para aprender receitas de forma independente. Desbloquear mais pesquisas sobre materiais também permite desbloquear novas poções. Mais poções permitem contratos que possibilitam ganhar dinheiro. O dinheiro é crucial, sendo usado para comprar os itens necessários para combater a praga. O jogo concentra a sua atenção na criação de itens e é onde vamos gastar mais tempo durante o jogo. Por vezes o sucesso para uma área ou combate parece ser ter um item específico e essa é uma abordagem que não me agradou particularmente.

Além disso o facto do jogo se focar no sistema de crafting faz com que o combate não tenha recebido a mesma atenção. O combate é um pouco sem sabor e desajeitado. Com o tempo a jogabilidade também se pode tornar um pouco aborrecida. Alguns materiais exigem muitas corridas para frente e para trás para ter a quantidade de materiais necessária para criar itens. Isto faz essencialmente que a progressão seja mais lenta que o normal. Há pouca orientação também e durante o tempo que passei com o jogo senti-me várias vezes perdido.

Visualmente o jogo é realmente interessante, usando a perspectiva isométrica, o jogo consegue apresentar visuais impressionantes. Nem tudo é perfeito e existiram vários bugs e glitches que retiram alguma imersão ao jogo. A música faz-nos sentir perfeitamente integrados num mundo de fantasia medieval. O loop da jogabilidade pode ser interessante e original, mas o combate não muito elaborado e história pouco desenvolvida acaba por danificar a longevidade, ou pelo menos a diversão que temos ao longo do jogo.

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster