Análise: Pac-Man Museum+

Pac-Man é uma das personagens mais reconhecidas do mundo dos jogos de video. São poucas as personagens que conseguiram passar o meio e tornarem-se tão reconhecidas, mas o pequeno circulo amarelo da Namco conquistou as arcades e as consolas caseiras há muito tempo, tornando-se parte da cultura pop. Este Pac-Man Museum+ é uma evolução do Pac-Man Museum de 2014, lançado originalmente para a Xbox 360 e PlayStation 3. Pac-Man Museum+ é uma compilação dos principais jogos que marcaram a vida da personagem e esta nova versão conta com ainda mais jogos que o original. O Pac-Man original é um clássico que já jogámos em praticamente todas as consolas, mas há muito mais para conhecer na série e se pensarmos que existem jogos como Pac-Man World que não fazem parte da coleção, podemos ver que mesmo com esta coleção tão completa, apenas estamos a arranhar a superfície.

Pac-Man Museum+ tem como hub uma arcade 3D. Podemos mover a câmara para escolher qual é o jogo que queremos jogar. Cada jogo tem o seu próprio menu e tutoriais incluídos. Existem também objetivos e uma pequena história de cada um. A Namco tem feito um excelente trabalho com as suas pequenas coleções e esta não foge à regra. Começamos com 500 moedas virtuais e por incrível que pareça em 2022, não há micro-transações. Podemos adquirir moedas simplesmente jogando e cumprindo missões. Estas moedas podem depois ser utilizadas para comprar fundos e músicas, assim como outros itens cosméticos.

O jogo tem alguns problemas de performance na Nintendo Switch, principalmente nesta área central. Os jogos em si funcionam bem o suficiente, talvez não perfeitos, mas são todos completamente jogáveis e livres de problemas de maior. É realmente na área central 3D que o jogo acaba por mostrar alguns problemas. Apesar de achar que é um problema, este não é de todo o foco do jogo. O foco são os jogos em si e há uma grande variedade de jogos de arcade e uma máquina para outros títulos de consola que não exigem moedas. Alguns dos jogos, precisam de ser desbloqueados para jogar e isso é feito facilmente completando objetivos.

No que toca aos jogos de forma ainda mais específica, começamos com o original Pac-Man, lançado em 1980 nas máquinas de arcade e não sei até que ponto vale a pena falar muito sobre este clássico. Não há muito a dizer sobre este jogo que ainda não tenha sido dito e mesmo quem nunca jogou rapidamente aprende que o objetivo é apanhar todas as bolinhas e que as bolas grandes fazem com que possamos comer os fantasmas. Este é um dos maiores clássicos da indústria e nunca vai envelhecer. Pessoalmente posso ficar com Pac-Man Museum+ instalado só para ocasionalmente jogar um pouco do Pac-Man original.

Continuando por ordem cronológica de lançamento temos o Super Pac-Man, lançado também para as máquinas arcade mas em 1982. A simplicidade do primeiro jogo foi um pouco ajustada, adicionando chaves que precisamos de recolher para abrir portões. Continua a ser simples e intuitivo e irá ser interessante para muitos jogadores, já que talvez seja até meio que desconhecido para a maioria, um pouco como os restantes jogos da coleção. Depois de Super Pac-Man começamos talvez a notar a falta de alguns clássicos como Ms Pac-Man, mas dada a sua proximidade em termos de jogabilidade ao Pac-Man original, não é algo que possa criticar muito, no entanto muitos destes jogos poderiam facilmente fazer parte da coleção dado o espaço que ocupam.

Depois de Super Pac-Man temos Pac & Pal, também ele um jogo das arcades e lançado em 1983. Este jogo adiciona algumas bolas que nos dão outros poderes além do poder de comer os fantasmas, como confundir, atordoar ou congelar. O conceito continuou a evoluir aqui, adicionando também um ajudante que recolhe as frutas e corresponde ao “Pal” do nome do jogo. Continuando nos jogos arcade, temos Pac Land, lançado em 1984 e um dos melhores jogos arcade da série, com um tema de abertura fantástico e visuais que continuam atuais graças à arte do jogo. É um jogo que já difere bastante do Pac-Man original assemelhando-se mais aos infinite runners atuais do que outra coisa, mas é um jogo super interessante em termos históricos e a jogabilidade continua tão viciante como em 1984, ou pelo menos assumo que seja porque não era nascido ainda nessa altura.

A seguir temos Pac-Mania, também ele um jogo arcade e lançado três anos mais tarde, em 1987. Este volta às raizes da série mas agora de forma isométrica. Isto traz consigo algumas novidades à jogabilidade. Não é um jogo tão intuitivo como os anteriores, mas é muito divertido também, com muita variedade nos labirintos. Depois temos o primeiro jogo para as consolas caseiras, Pac-Attack, lançado em 1992 para a Super Nintendo. Pac-Attack pouco tem em comum com o Pac-Man original, sendo uma espécie de tetris. É um jogo competente, mas não extraordinário. Continuando na Super Nintendo temos Pac-In-Time, lançado em 1995 e desta vez é um jogo de plataformas e um dos poucos jogos incluídos que não é de todo bom.

Depois destes jogos para Super Nintendo temos Pac-Man Arrangement, um jogo que é incluído em duas versões diferentes, a versão arcade lançada em 1996 e a versão melhorada que foi lançada para a PlayStation Portable em 2005, juntamente com outra coleção de jogos da Namco. É um jogo visualmente interessante, com uma jogabilidade clássica com muitos pormenores que o tornam viciante. Com jogos cada vez mais modernos, temos Pac n’Roll a seguir, lançado em 2005 para a Nintendo DS e desta vez Pac-Man está em 3D e numa espécie de jogo de corridas. Depois temos dois jogos lançados em 2007, Pac-Man Championship Edition, uma reinvenção do conceito original e misturado com Lumines lançado originalmente para a Xbox 360. O outro jogo também lançado em 2007 é Pac Motos, lançado para a Wii.

Por fim temos Pac-Man Battle Royale, lançado nas arcades em 2010, novamente uma reinvenção do conceito do Pac-Man original e Pac-Man 256, um jogo que irá ser familiar para os jogadores mais atentos, até porque é relativamente recente. É um infinite runner muito interessante e no qual gastei várias horas quando foi lançado. Estes são os jogos incluídos e são uma lista muito interessante, no qual notamos algumas ausências, mas no geral é uma lista bastante equilibrada. Se são fãs da personagem não há razão nenhuma para não comprar esta coleção, mesmo com os pequenos problemas descritos.

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