Análise: Justice Sucks

O conceito de Justice Sucks é simplesmente fenomenal. Um bom conceito é metade do trabalho para um jogo interessante e quando a jogabilidade consegue acompanhar a originalidade do conceito o resultado costuma ser divertido. A jogabilidade e o conceito de Justice Sucks podem não ser suficientes para aguentar o jogo durante horas sem fim, mas as horas que passei com o jogo foram divertidas e o jogo vai ficar na minha memória.

Basicamente Justice Sucks é um jogo absurdo de ação furtiva onde jogamos como uma espécie de Roomba do futuro. É essencialmente uma sequela do jogo Roombo: First Blood, um jogo lançado há um par de anos onde o conceito era o mesmo, mas agora a execução é ligeiramente superior.

Apesar do nome bastante diferente, podemos considerar este jogo uma sequela. Além do conceito ser o mesmo, a arte e design das personagens é o mesmo do jogo anterior. A personagem principal, se é isso que podemos chamar, é Dusty, um pequeno robô aspirador que vive tranquilamente com uma família que o adora. Infelizmente a casa da família é atacada e o Dusty é lançado para uma realidade alternativa, onde treina para poder resgatar a sua família.

Como referi o jogo é absurdo, mas no bom sentido. O humor do jogo é super divertido e felizmente a jogabilidade também. Dusty não é um simples aspirador, ele pode hackear objetos da casa para eliminar os inimigos que encontra na casa. Outra coisa que Dusty pode fazer é usar os seus poderes Kirby e sugar objetos para os lançar como projécteis. Mas é com a primeira habilidade que o jogo se torna divertido. Rebentar um fusível por exemplo irá explodir uma área e infligir dano, mas podemos fazer coisas mais interessantes como rebentar uma fonte de água e depois uma tomada para electrocutar um inimigo juntando a água à eletricidade para um dano extra.

O jogo consegue funcionar como uma espécie de puzzle graças a estes elementos, mas não nos obriga a essa paciência se não estivermos para aí virados. Podemos simplesmente atacar os inimigos com os objetos que aspiramos ou esperar que o “cooldown” dos objetos da casa recuperem e possamos atacar novamente. Existem também habilidades que podemos utilizar, mas estas não estão disponíveis com tanta frequência, sendo necessário utilizar sangue. O sangue vem dos inimigos que derrotamos e que podemos depois aspirar.

Esta última mecânica faz também parte dos momentos finais de cada nível, onde a macabra tarefa é acompanhada de música alegre. O jogo contém ainda uma série de diferentes modos de jogo, cada um com pequenas alterações da fórmula base. Basicamente o jogo é constituído por níveis e cada um usa um destes modos de jogo.

Justice Sucks é um jogo divertido com um conceito super original. É visualmente interessante, colorido e com um humor divertido, Tem pequenos problemas, sobretudo por nos dar demasiadas opções para abordar os níveis, ao ponto se nos esquecermos de tudo o que temos disponível, mas excepto isso, é um jogo que cumpre tudo a que se propõe.

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