Análise: Akka Arrh

O grande responsável por Akka Arrh é uma verdadeira lenda da indústria. O lendário Jess Minter fundou a Llamasoft há mais tempo do que muitos têm de vida e tem-se mantido em atividade de form bem mais consistente do que todos os outros developers lendários que me lembro. O seu estilo é bastante conhecido, com vários lançamentos de sucesso na sua longa carreira, talvez o mais marcante a ser Tempest 2000 que por aqui passou no seu relançamento, mas há muito mais por onde explorar a coleção de jogos desenvolvidos por Jess Minter.

Originalmente Akka Arrh foi um protótipo para arcade, mas reapareceu para celebrar o aniversário da Atari, na coleção Atari 50. Esta é uma versão refeita desse jogo, num jogo muito mais próximo da visão do seu criador, um jogo que realmente parece dele e que está acabado, ao contrário dessa versão que tinha acaba por ser lançada mas nunca terminada.

O objetivo do jogo é defender uma plataforma, largando bombas de uma zona cenetral. A jogabilidade procura ser conservadora e não um shooter frenético. É preciso que os nossos ataques sejam precisos de forma a identificar as formações inimigas e os seus movimentos. O objetivo é criar ondas de choque ao expandir possam limpar os inimigos. Todos os inimigos apanhados na onda de choque ao morrer libertam pequenas ondas de choque também. Esta jogabilidade é altamente viciante e sempre que conseguimos acertar uma bomba certeira, é altamente gratificante.

À medida que vamos avançando no jogo a ação vai-se tornando melhor e mais frenética. Mas o jogo vai também tornando-se mais desafiante, restringindo as zonas em que podemos lançar bombas por exemplo, obrigando o jogador a ser mais criativo nos seus ataques. Existem power-ups por todo o lado que temos de apanhar. É importante irmos decorando o que cada um destes itens faz, já que são muito importantes para a nossa sobrevivencia, principalmente nos níveis mais avançados. Comparado com o protótipo original, está nova versão adiciona uma nova dimensão, na zona inferior e que por vezes é invadida também. Quando temos de descer a jogabilidade é um pouco diferente, mais direta e menos interessante, mas ter que ir alternando dá bastante dinamismo ao jogo.

Não há muito mais para dizer relativamente à jogabilidade. É um jogo onde os nossos reflexos e inteligência são valorizados e aos poucos vai-se tornando melhor, adicionando novos constrangimentos à medida que também nos vamos tornando melhores no jogo. O jogo vai-nos dando nota da nossa qualidade enquanto jogadores também. Não é um jogo que nos segura a mão o caminho todo.. Existe um tutorial, mas é bastante vago até e vamos demorar um pouco a perceber como as bombas é power-ups funcionam. Como referi acima, temos de descobrir e decorar o que cada um faz por exemplo. De resto há muito pouco. Existe um ranking online das pontuações, algo essencial num jogo deste género e podemos começar de um nĩvel específico por exemplo. Mas pouco mais além disso. Não há história um outro elemento qualquer que sirva apenas a complicar.

Se sobreviverem ao impacto inicial, que é intimidante, Akka Arrh pode ser realmente interessante. É um jogo complexo, mas que consegue ser bastante gratificante. Conseguir uma boa jogada ou uma pontuação particularmente alta é motivo de orgulho e no geral, razão suficiente para nos manter a jogar. Se gostam de experiências arcade, sejam elas de que género forem, acredito que irão gostar de Akka Arrh.

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