Análise: Do Not Feed the Monkeys 2099

O primeiro Do Not Feed the Monkeys foi muito bem recebido pela crítica no geral devido à sua intrigante premissa e à possibilidade de rejogabilidade. Do Not Feed the Monkeys 2099 transporta-nos para o mundo do Primate Observation Club, uma sociedade secreta que, por uma reviravolta do destino, concedeu ao jogador a adesão herdada do seu falecido tio. Como membro deste clube, o nosos dever é observar e investigar diligentemente uma ampla gama de indivíduos, sem nunca interagir com eles. Para realizar essa tarefa, utilizamos câmaras escondidas colocadas nas casas ou locais de trabalho dessas pessoas. A nossa missão consiste em documentar meticulosamente certos momentos das suas vidas, revelando seus “eus autênticos”.

Temos de nos preparar para passar incontáveis horas diante do ecrã, mergulhando nas profundezas da existência desses indivíduos. Através dessa experiência, temos a oportunidade de desvendar segredos, testemunhar momentos íntimos e descobrir a verdade por trás das máscaras que cada um deles usa durante o seu cotidiano. Acaba por ser uma jornada fascinante, mas também exige paciência e dedicação para desvendar as intricadas histórias e revelar a essência de cada personagem. Até esse ponto, o título permanece inalterado em relação ao original. No entanto, à medida que a fome e o cansaço se instalam, um grupo de indivíduos bem vestidos bate à nossa porta exigindo o pagamento de uma dívida semanal. Agora, a gestão de recursos, incluindo o nosso próprio tempo, saúde e finanças, assume um papel muito mais significativo.

É necessário encontrar um equilíbrio entre as tarefas diárias de observação, manter uma dieta bem balanceada, estabelecer um ciclo de sono adequado e realizar pequenos trabalhos para sustentar sua economia. As barras de necessidades começam a diminuir rapidamente também. De repente, monitorar os “macacos” não se limita mais a observá-los, mas também a monitorar a nossa própria personagem, adicionando uma camada extra de responsabilidade que pode ser bastante exigente, especialmente nas primeiras tentativas. Apesar de existir um modo fácil que facilite a gestão de recursos, ainda há a possibilidade de falhar.

Algumas “gaiolas” exigem que se consiga descobrir detalhes ocultos, enquanto outras envolverão conversas longas ou a audição das conversas introspectivas dos “sujetos”. Em certos casos, será necessário realizar investigações, reunindo novas informações com base nos termos que conseguimos ouvir dentro das “gaiolas”. Por vezes existem dias inteiros em que nada significativo acontece, e em outras ocasiões, podemos perder um evento importante porque a atividade numa “gaiola” específica dura apenas alguns segundos. Para complicar ainda mais as coisas, o número de “gaiolas” que precisamos monitorar e a dificuldade aumentam a cada cinco dias, o que requer dinheiro. Se não alcançarmos a meta estabelecida para uma determinada “gaiola”, somos expulso do Clube e o jogo chegará ao fim. No entanto, existem trabalhos de baixa qualidade disponíveis, oferecendo uma oportunidade de ganhar uma renda extra.

Onde reside a verdadeira magia do jogo está nas intricadas histórias que envolvem cada personagem e nas inúmeras direções que cada jogada pode seguir, garantindo que não haja duas experiências iguais. O jogo oferece vários finais desbloqueáveis e ousadamente adota um tom satírico, lançando luz sobre diversos aspectos de nossa sociedade atual. Como se isso não bastasse, o jogo apresenta uma nova ferramenta chamada Omni-Pal, que amplia as possibilidades de diálogo e revela novas pistas em cada “jaula”. No entanto, uma potencial desvantagem é que a sequência se assemelha muito ao jogo original, tanto em termos de sistemas de jogo quanto nas primeiras horas, onde podemos não entender completamente o que devemos fazer ou a melhor maneira de fazê-lo.

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