Análise: Itorah

Itorah é um jogo de ação e plataforma em 2D com elementos de Metroidvania, desenvolvido pela Grimbart Tales e publicado pela Assemble Entertainment. Nele. Aqui o jogador encontra um cajado falante que incorpora um grande guerreiro e parte em uma missão para salvar Nahucan de uma misteriosa praga. A personalidade de Itorah é expressa principalmente por meio de sua arte, e não tanto pela história e personagens. O estilo de arte é arte pixel e possui modelos de personagens em alta definição, com belos cenários de fundo. Ao longo do jogo, cada mapa é único e diferente dos demais. Embora sejam compostos por ambientes clássicos, como terras de fogo e terras geladas, também podemos encontrar áreas subaquáticas e uma biblioteca sombria.

O que mais impressiona nos ambientes é a sensação de progressão entre eles. A música do jogo é sutil, mas ajuda a criar atmosferas bonitas. No entanto, as personagens e diálogos deixam a desejar. O maior problema são as caixas de texto muito pequenas, o que dificulta a leitura. Isso desmotiva instantaneamente acompanhar a história devido ao esforço necessário para participar dela. Além disso, as interações entre as personagens são bastante mundanas, principalmente com os poucos NPCs espalhados pelo jogo. As interações são curtas e geralmente não adicionam humor ou exposição.

Seguir a história não é requisito para desfrutar de Itorah. O ponto central do jogo é o combate e as plataformas. O combate é simples, com um botão realizando todas as ações e as entradas direcionais adicionando variações sutis. A simplicidade não sacrifica muito a jogabilidade. A mecânica de esquiva é praticamente inutilizável infelizmente. Ela é lenta e tem alcance curto, além de não permitir esquivar-se através dos inimigos sem sofrer dano. Isso significa que, na maioria das vezes acabamos por fugir e mesmo assim ser atingidos ou fugimos para cima de outro inimigo.

Ao derrotar inimigos, o jogador recolhe moedas que podem ser trocadas no hub principal do jogo por melhorias de saúde, resistência e regeneração. Acumular essas melhorias ao longo do jogo me permitiu sobreviver aos encontros com inimigos cada vez mais difíceis. Conforme o jogo avança, os inimigos levam mais tempo para serem derrotados e têm ataques mais difíceis de esquivar. A outra forma de melhoria é por meio do sistema semelhante ao de um Metroidvania, onde o jogador adquire novas habilidades durante as fases que permitem voltar atrás e progredir, embora ao longo de um caminho bastante linear. Algumas melhorias são puramente para travessia, como um salto duplo ou um impulso no ar, enquanto outras podem ser usadas em combate.

Embora as plataforma nem sempre sejam perfeitamente fluidas, quando estamos totalmente equipado com todas as habilidades, a navegação em Itorah se torna muito divertida. Juntar todas as suas habilidades é muito fluido, especialmente quando pode usá-las para atravessar áreas com grande velocidade. Embora a história não seja memorável e o combate não seja tão preciso quanto deveria ser, a arte e a jogabilidade de Itorah compensam isso. É um jogo bonito que recompensa a criatividade com o seu movimento, mas também pune a pressa, impedindo o jogador de obter melhorias valiosas de saúde e resistência.

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