Análise: Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg

Atelier é uma longa, longa, longa série de JRPGs que se olharmos para o mercado de forma global, apenas há muito pouco tempo começou a aparecer no ocidente. A minha história com a série já conta com alguns anos, tendo começado há talvez uma década com Atelier Rorona: The Alchemist of Arland, um jogo que já tinha uns anos mas que resolvi experimentar antes de jogar Atelier Meruru. Atelier Marie: The Alchemist of Salburg é um jogo especial, principalmente porque é um remake do primeiro jogo, aquele que deu origem a tudo isto e um jogo que nunca foi lançado oficialmente por estes lados. Agora, com o lançamento de Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg, a Koei Tecmo corrige essa lacuna, proporcionando uma oportunidade de vivenciar uma abordagem modernizada das raízes da franquia.

Atelier Marie Remake começa com uma breve explicação do mundo e foca-se em Marie, uma estudante considerada a pior na Royal Academy of Magic. Para se formar, ela ganha o seu próprio Atelier, onde tem cinco anos para criar um item de alto nível. O jogo oferece várias finais, e é possível falhar, o que requer começar novamente. Com cada nova jogada, a experiência fica mais fácil, pois evitamos as armadilhas iniciais e melhoramos a síntese de itens. Marie, como personagem, tem uma personalidade carismática e enérgica, mas o enredo não explora completamente os seus traços. As personagens da série são bastante diferentes sempre, mas são geralmente alegres. Algumas interações adicionais teriam sido bem-vindas para entender melhor a sua personalidade. O jogo é curto em comparação com lançamentos mais recentes da série, com uma duração de 6 a 10 horas. No entanto, dentro desse tempo, é necessário gerenciar vários sistemas para alcançar os melhores finais.

A primeira jogada pode ser confusa, pois o tutorial não explora detalhadamente a gestão do tempo que precisamos de dominar ou como desbloquear novos ingredientes. É necessário pagar pelos rumores ou conversar com pessoas para descobrir novas áreas do jogo, que não é extenso, mas apresenta materiais sazonais. A exploração pode-se tornar repetitiva quando não há eventos importantes e é preciso ganhar dinheiro através de missões secundárias. Algumas missões têm prazos e exigem localizar itens a tempo para evitar prejuízo na reputação. O sistema de síntese é simples e indica os materiais necessários para criar itens. Falhas são possíveis, mas podem ser evitadas com as ferramentas adequadas e descanso. A exploração é relativamente automática, com a opção Simple Gather que permite recolher itens automaticamente, porém em menor quantidade. As batalhas também podem ser jogadas no modo automático, mas o sistema de combate é simples e não requer muita interação do jogador.

Os gráficos com designs de personagens chibi, áreas exploráveis e ilustrações são agradáveis e proporcionam uma experiência relaxante. É interessante notar a evolução da série em termos de crescimento dos personagens e sistemas de jogo. O lançamento também conta com o modo ilimitado, permitindo continuar jogando após o prazo de 5 anos. Atelier Marie Remake: The Alchemist of Salburg oferece aos jogadores a chance de redescobrir as origens da série numa experiência encantadora e atual. As atualizações nos menus e gráficos tornam a aventura atraente para novos jogadores, mas também veteranos, apesar da simplicidade das mecânicas.

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