Análise: The Repair House

Se gostam de jogos de simulação como House Flipper ou PC Building Simulator, The Repair House pode ser exatamente o que estão à procura. O jogo não só foi desenvolvido pelo criador do PC Building Simulator original, mas também oferece uma experiência semelhante e relaxante de trabalhar com detalhes minuciosos. A diferença é que, em vez de uma loja de reparação de PCs, desta vez vamos reparar uma variedade de bugigangas e dispositivos. Inicialmente, os trabalhos em The Repair House são simples. Substituir uma lente rachada numa lanterna ou consertar uma roda partida de um skate. São tarefas fáceis, no entanto, precisamos de ter as peças em stock para realizar o trabalho.

É responsabilidade do jogador manter o inventário abastecido com o necessário. Além disso, com alguns trabalhos a exigirem rapidez, pois têm de ser concluídos num ou dois dias, temos de estar atentos e ser eficientes. Numa rotina organizada, temos novos trabalhos a cada noite e temos de encomendar as peças necessárias, pagando uma taxa extra para envio no dia seguinte. Isso permite começar o dia com tudo pronto. À medida que ganhamos experiência em The Repair House, desbloqueamos novos itens para reparar, bem como novos elementos de jogabilidade. Eventualmente, podemos visitar vendas de garagem, mercados de rua e leilões para comprar objetos antigos para restaurar e depois vendê-los com grande lucro. Mais à frente no jogo temos de fazer mais do que apenas manipular parafusos e peças, temos também de adquirir uma bancada de pintura, uma máquina de jato de areia e uma estação de lavagem, entre outras coisas.

Existem alguns problemas no jogo e não há uma maneira fácil de visualizar o fluxo de trabalho. Se quisermos reparar um objeto comprado num mercado, temos de basicamente fazer tudo por nossa conta. Temos de descobrir quais peças que precisamos, não existindo um menu conveniente que te forneça uma lista geral. Quando estamos a reparar um objeto, conseguimos ver quais as peças estão danificadas, mas cabe ao jogador encontrar onde estão essas peças, o que por vezes requer desmontar completamente algo apenas para substituir uma pequena parte. The Repair House pode também tornar-se um pouco repetitivo, especialmente nas primeiras horas do jogo. Temos de reparar os mesmos tipos de objetos repetidas vezes, desde skates, prensas, moedores de carne e outros objetos do dia à dia. Ao menos, com o tempo, tornar-te-ás um especialista nestes itens, sabendo instantaneamente onde cada peça deve ser colocada.

As coisas ficam eventualmente mais interessantes mais à frente. Existe uma ampla gama de itens para restaurar, e eventualmente vamos trabalhar em objetos mais interessantes e complexos. Embora, inicialmente, não existam muitos benefícios em fazê-lo, podemos tirar algum tempo para decorar e expandir a oficina também. À medida que ganhamos experiência, desbloqueamos novos itens para comprar. Pessoalmente preferia um pouco menos de realismo no jogo, no entanto, ainda há muitos aspectos positivos, e o ato de dar nova vida a objetos antigos é recompensador por si só. Com um pouco mais de estrutura, The Repair House poderia ser um título de destaque no género de simulação, no entanto acredito que os verdadeiros fãs do género irão gostar muito do que aqui está.

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