Análise: Punch Club 2: Fast Forward

A Lazy Bear Games lançou seu primeiro jogo, Punch Club: Dark Fist, em 2016 marcando o início de sua jornada no mundo dos jogos. Desde então, eles se concentraram principalmente no desenvolvimento do RPG de simulação Graveyard Keeper e uma quantidade considerável de DLCs para o mesmo. Após mais de sete anos, a empresa está de volta ao boxe com o seu segundo título, Punch Club 2: Fast Forward. Punch Club 2: Fast Forward retoma a história aproximadamente 20 anos após os eventos do primeiro jogo. Ele mantém as personagens do jogo anterior, seguindo a trajetória daquele que foi o protagonista original. Depois de embarcar numa jornada para participar do maior torneio de lutas do mundo, ele misteriosamente desaparece, deixando sua namorada, Adriana, sozinha para criar seu filho ainda por nascer.

Ao longo dos anos, o filho cresce e dedica -se ao treino também, inspirado pelo legado do seu pai, no entanto, a sua mãe não quer que este deixe o bairro. Um dia, a casa da família fica sem comida, levando Adriana a revelar um segredo. Ela estava a roubar para sustentá-los, e agora o protagonista precisa de se aventurar fora do bairro para garantir o alimento. Ao chegar na loja de Apu, o protagonista dá de caras com um assalto. Um confronto acontece, mas ambos são presos pela polícia. Contudo, em vez de ser detido, o protagonista é libertado pelo Sargento, que oferece pistas de que seu pai pode ainda estar vivo. A partir desse ponto, o jogo permite a exploração da futurística Upper City. O jogador tem liberdade para investigar a família Bobo, realizar tarefas solicitadas por Apu ou realizar trabalhos para a máfia local.

Cada ação e deslocamento pelo cenário gasta tempo, variando de minutos a horas. É possível usar o transporte público para se deslocar instantaneamente, mas isso requer um custo financeiro. Vale ressaltar que várias oportunidades e atividades só estão disponíveis em horários específicos do dia. Quem jogou o primeiro conhece o básico da jogabilidade e no geral o ciclo mantém-se muito fiel ao original. No que diz respeito à sobrevivência do protagonista, a manutenção da sua saúde, alimentação e energia deve ser feita através de equilibrar o sono e suplementos. Enquanto o sono pode ser obtido em casa, os alimentos são adquiridos em locais externos, como a loja de Apu ou a fazenda de lesmas dos Bobo. Para custear as refeições, o protagonista precisa realizar trabalhos diversos, desde cozinhar até trabalho policial.

A busca pelo pai desaparecido torna-se a missão central do protagonista. Ele se envolve na cena de lutas do Ginásio Silver para se aproximar dessa busca. Começando do zero, ele desafia outros lutadores para subir na hierarquia. As lutas estão programadas em horários específicos e a ausência em um combate é considerada uma derrota. A gestão do tempo e a locomoção para a arena certa se tornam cruciais. O combate no jogo não envolve a seleção de ataques individuais, mas sim a programação de sequências de socos, chutes e pausas para cada rodada. Aquele com mais iniciativa ataca primeiro, seguido pelo defensor. É possível observar a sequência de ataques do oponente e adaptar a estratégia a cada rodada. Cada lutador possui uma escola de luta que influencia seu estilo. Estatísticas como força, resistência e agilidade podem ser melhoradas para melhorar o desempenho nas lutas.

O jogo gira em torno do equilíbrio entre trabalho, objetivos e lazer, muitas vezes envolvendo uma rotina diária. Essa rotina pode incluir ir para o trabalho, ganhar dinheiro, treinar e descansar. Essa estrutura pode lembrar a dinâmica de jogos como The Sims. Aqueles que gostam de uma abordagem mais tranquila e consistente se sentirão em casa, enquanto os que procuram uma experiência repleta de ação podem não ficar totalmente satisfeitos. Uma das mudanças mais notáveis em Punch Club 2: Fast Forward é a transição da Upper City para um cenário futurista, no entanto, apesar das referências, a construção do mundo em termos de profundidade e imersão pode não ser totalmente satisfatória. A incorporação de elementos de ficção científica parece visar à nostalgia, mas pode deixar a desejar na criação de um universo realmente envolvente. Punch Club 2: Fast Forward é, em grande parte, uma continuação da fórmula do primeiro jogo, trazendo melhorias sutis e uma ambientação futurística. Para quem gostou de Punch Club: Dark Fist e procura uma nova etapa nessa jornada, a sequência é uma escolha interessante.

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