Análise: Cookie Cutter

Cookie Cutter mergulha os jogadores numa narrativa distópica envolta em mistério e ação desenfreada. No centro desta aventura está Cherry, uma heroína determinada a resgatar o seu criador, Shinji, das garras de uma corporação maléfica. Embora Cherry esteja ciente da sua missão, a sua verdadeira finalidade permanece obscurecida, o que adiciona uma camada de intriga à história. O jogo oferece um combate rápido e envolvente, caracterizado por ataques ágeis e movimentos precisos. A variedade de opções táticas, incluindo esquivas, habilidades especiais e paradas, proporciona aos jogadores uma experiência verdadeiramente visceral. Os golpes finais são particularmente impressionantes, adicionando um toque brutal às confrontações.

Um dos aspetos mais cativantes de Cookie Cutter é o seu sistema de componentes, que funciona como uma árvore de habilidades passivas. Esta mecânica permite aos jogadores personalizarem o seu estilo de jogo, aumentando estatísticas ou fortalecendo ataques básicos. A gestão cuidadosa do medidor de Vazio, utilizado para ataques devastadores e cura, adiciona uma camada estratégica aos combates, obrigando os jogadores a equilibrarem o risco e a recompensa. No entanto, apesar da solidez do sistema de combate, alguns problemas são apontados. A inteligência artificial dos inimigos é inconsistente, com alguns comportamentos que quebram a imersão. A falta de perseguição em áreas mais amplas pode tornar os encontros menos desafiadores, enquanto a abundância de animações excessivas dificulta a execução de paradas precisas.

O mundo de Cookie Cutter é apresentado de forma visualmente deslumbrante, com animações desenhadas à mão que transmitem uma sensação de fluidez e intensidade. As personagens, desde Cherry até aos vilões grotescos, são meticulosamente detalhadas, contribuindo para a atmosfera única do jogo. No que diz respeito ao design de níveis, Cookie Cutter segue uma abordagem familiar Metroidvania, com mapas expansivos repletos de segredos e desafios. Embora a estrutura dos níveis seja direta, a inclusão de armadilhas e elementos de plataformas ajuda a diversificar a experiência de jogo. A banda sonora de Cookie Cutter é outro destaque, com composições que variam entre a intensidade do combate e a atmosfera sombria das áreas exploráveis. A música consegue capturar eficazmente o tom distópico do mundo do jogo, adicionando uma camada adicional de imersão.

No entanto, apesar dos seus muitos pontos fortes, Cookie Cutter não está isento de falhas. A narrativa, embora envolvente, é muitas vezes eclipsada pela excelência do combate, deixando a desejar em termos de desenvolvimento de personagens e profundidade de enredo. Além disso, a falta de inovação em termos de design de níveis pode deixar os jogadores à procura de mais desafios criativos. No geral, Cookie Cutter oferece uma experiência emocionante e visualmente deslumbrante, ancorada por um sistema de combate satisfatório e mecânicas de jogo sólidas. Embora apresente alguns problemas, como a inconsistência na inteligência artificial e uma narrativa subdesenvolvida, o jogo compensa com a sua ação frenética e atmosfera distópica envolvente. Para os fãs do género Metroidvania à procura de uma nova aventura, Cookie Cutter certamente merece uma oportunidade de ser explorado.

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